Teerã e AIEA concordam em estender acordo de inspeção em instalações nucleares do Irã por mais 1 mês

© REUTERS / Agência de notícias WANARafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), durante encontro com Ali-Akbar Salehi, chefe da AIEA iraniana, em Teerã, Irã, 21 de fevereiro de 2021
Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), durante encontro com Ali-Akbar Salehi, chefe da AIEA iraniana, em Teerã, Irã, 21 de fevereiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 24.05.2021
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As negociações para a retomada do acordo nuclear reiniciaram este ano, após a posse de Joe Biden como presidente dos EUA. Teerã garante que vai regressar ao acordo assim que as sanções ao país sejam retiradas.

O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou que o Irã concordou com uma prorrogação de um mês do acordo sobre câmeras de vigilância nas instalações nucleares da República Islâmica, ganhando mais tempo para as negociações em andamento que buscam salvar o acordo nuclear do país com potências mundiais.

"O equipamento, a verificação e as atividades de monitoramento que concordamos continuarão como estão agora por um mês, expirando em 24 de junho de 2021", disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, em entrevista coletiva, citado pela agência AFP.

Grossi acrescentou que Teerã também concordou que as informações coletadas até agora por equipamentos da AIEA no Irã não seriam apagadas. O diretor-geral da agência afirmou que a prorrogação foi o resultado dessa "longa discussão" com o diretor da Organização Atômica do Irã, Ali-Akbar Salehi, e é um resultado "importante", mas a situação "não era a ideal".

"Gostaria de enfatizar que isso não é o ideal […]. É como um dispositivo de emergência que criamos para continuarmos com essas atividades de monitoramento […]. Todos devemos ser lembrados de que o entendimento temporário é uma espécie de medida paliativa. É evitar voar completamente às cegas", concluiu.

Acordo nuclear

Assinado pelo Irã em 2015 em conjunto com os EUA, China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido, Alemanha e União Europeia, o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) exigia que o Irã reduzisse seu programa nuclear e as reservas de urânio em troca de alívio das sanções.

Todavia, o acordo nuclear começou a se desfazer em 2018, quando o então presidente dos EUA, Donald Trump, tirou Washington do acordo e impôs novas sanções à República Islâmica. Como resultado, em 2019 o país persa começou a abandonar gradualmente os termos do acordo.

As negociações entre EUA e Irã foram retomadas este ano pelo presidente norte-americano Joe Biden. O Irã afirmou nesta segunda-feira (24) que as negociações em Viena dependem de uma "decisão política" dos EUA, depois que Washington questionou a disposição de Teerã em voltar a cumprir o acordo.

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