EUA suspendem serviços diplomáticos na Turquia temendo reações a reconhecimento do genocídio armênio

© AP Photo / Burhan OzbiliciBandeiras turcas são erguidas durante protesto em frente à Embaixada dos Estados Unidos em Ancara, na Turquia, em 8 de outubro de 2019
Bandeiras turcas são erguidas durante protesto em frente à Embaixada dos Estados Unidos em Ancara, na Turquia, em 8 de outubro de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 24.04.2021
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As missões diplomáticas dos Estados Unidos na Turquia serão fechadas para serviços de rotina nos próximos dias 26 e 27 de abril, conforme anunciou a Embaixada dos EUA em Ancara neste sábado (24).

A medida é uma precaução, adotada em razão da possibilidade de protestos contra a decisão do presidente norte-americano, Joe Biden, de reconhecer como genocídio o assassinato em massa de armênios pelas autoridades da Turquia otomana.

"Como medida de precaução, a Embaixada dos Estados Unidos em Ancara, o Consulado Geral dos Estados Unidos em Istambul, o Consulado dos Estados Unidos em Adana e a Agência Consular dos Estados Unidos em Izmir estarão fechados para serviços de visto e serviços de rotina para cidadãos americanos na segunda-feira, 26 de abril, e terça-feira, 27 de abril. Os cidadãos dos EUA que precisarem de assistência emergencial devem entrar em contato com a seção consular mais próxima usando os números de telefone e endereços de e-mail abaixo", disse a missão americana na Turquia. 

​Mais cedo, Joe Biden tornou-se o primeiro presidente dos EUA a reconhecer oficialmente o genocídio armênio, que vitimou cerca de 1,5 milhão de pessoas no início do século XX, no território do então Império Otomano, evento que completou 106 anos neste sábado (24).

Após esse reconhecimento, o Ministério das Relações Exteriores da Turquia, país que é herdeiro histórico do império, convocou o embaixador norte-americano em Ancara, David Satterfield, para reclamar da manobra. 

​Segundo informou uma fonte da chancelaria turca à Sputnik, o vice-ministro das Relações Exteriores do país, Sedat Onal, disse ao embaixador dos EUA que a ação de Biden não tem base legal e causou uma "ferida nos laços que será difícil de consertar".

"Nossa dura reação foi expressa ao embaixador, ele foi informado de que consideramos essa declaração inaceitável, desprovida de qualquer base histórica e legal. Portanto, a rejeitamos completamente e a condenamos veementemente", disse a fonte.

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