Terrorismo em instalação nuclear de Natanz agrava chance de diálogo para EUA sobre JCPOA, diz Zarif

© AP Photo / Vahid SalemiMohammad Javad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irã, discursa em coletiva de imprensa em Teerã, Irã, 23 de fevereiro de 2021
Mohammad Javad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irã, discursa em coletiva de imprensa em Teerã, Irã, 23 de fevereiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 13.04.2021
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O ato terrorista contra instalação nuclear iraniana de Natanz agravou a situação em torno do diálogo sobre o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) para os EUA, declarou ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif.

"Os norte-americanos devem saber que tanto a sabotagem [em Natanz] como as sanções não servem como instrumentos para realizar um diálogo [sobre o JCPOA], mas, sim, apenas para agravar a situação", afirmou.

Além disso, Zarif afirmou que os Estados Unidos deveriam suspender todas as sanções impostas ao Irã e retornar ao JCPOA.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, também concordou e ressaltou a importância das ações dos EUA com relação ao JCPOA.

"É necessário que os EUA voltem a cumprir suas responsabilidades [com o JCPOA] e suspendam as sanções impostas ao Irã", declarou Lavrov.

De acordo com o chanceler russo, há pouco tempo para restaurar o JCPOA, e a Rússia espera um senso comum, inclusive da União Europeia.

"Não acredito que tenhamos muito tempo, mas, justamente por haver limitações de tempo, aqueles que querem desorganizar e enterrar o JCPOA estão aplicando provocações já conhecidas. Espero que o bom senso prevaleça ao final. Espero que nossos colegas europeus notem sua responsabilidade com o JCPOA e não façam como aqueles que querem acabar com ele [o acordo]", afirmou.

Na manhã de domingo (11), a Organização de Energia Atômica do Irã reportou uma explosão na usina nuclear de Natanz. A explosão não gerou fatalidades ou poluição ambiental. Na segunda-feira (12) pela manhã, o governo iraniano declarou ter identificado o responsável pelo ataque.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Saeed Khatibzadeh, chamou o atentado de "um ousado ato de terrorismo nuclear em solo iraniano", que "poderia ter resultado em uma situação catastrófica, pode ser considerada um crime contra a humanidade", jurando uma resposta dura contra Israel.

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