Irã regressará aos compromissos do acordo nuclear assim que EUA o fizerem, diz Rouhani

© AP Photo / Escritório presidencial do IrãHassan Rouhani, presidente do Irã, profere mensagem de Ano Novo iraniano, ou Nowruz, em Teerã, Irã, 20 de março de 2021
Hassan Rouhani, presidente do Irã, profere mensagem de Ano Novo iraniano, ou Nowruz, em Teerã, Irã, 20 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 07.04.2021
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Hassan Rouhani, presidente do Irã, sugeriu uma vontade de Washington de "negociar direta ou indiretamente" com Teerã, o que significa que a nação persa pode resolver assuntos pendentes.

A administração norte-americana demonstrou ter vontade de negociar, e Teerã está também pronta para voltar aos compromissos de seu programa nuclear desde que todas as sanções sejam suspensas, disse na quarta-feira (7) Hassan Rouhani, presidente do Irã.

"Eu abri uma nova página nas relações internacionais com a reunião de ontem [6]. Se os EUA mostrarem sua integridade, podemos negociar no formato 4+1", afirmou o alto funcionário iraniano em reunião do governo.

Rouhani sublinhou que Teerã está pronta para resolver questões e problemas pendentes.

"Os EUA referem hoje sua disposição de negociar direta ou indiretamente. Isso é uma vitória para o povo iraniano", acrescentou.

Ele também relatou que, após a reunião de terça-feira (6) sobre o JCPOA em Viena, na Áustria, começou uma nova fase nas relações internacionais e na história do acordo nuclear.

Hassan Rouhani observou que Teerã conseguiu aumentar o enriquecimento de urânio para 20%, sem excluir a possibilidade de atingir números mais altos.

"A Autoridade Iraniana de Energia Atômica confirmou que podemos atingir as metas de que necessitamos. Hoje em dia, temos o mais poderoso e mais limpo programa nuclear pacífico", apontou.

"Provamos ao mundo que nossos programas são pacíficos, que a tecnologia nuclear é inquestionável, e que não há nada de questionável nela."

O Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), assinado em 2015 por Reino Unido, Alemanha, China, Rússia, EUA, França e Irã, e que previa a suspensão das sanções em troca da limitação do programa nuclear do Irã como garantia de que Teerã não obteria armas nucleares, foi interrompido em maio de 2018, quando Donald Trump, então presidente norte-americano, decidiu retirar unilateralmente do acordo nuclear e reinstituir duras sanções contra a República Islâmica.

Como resultado, o Irã começou em 2019 a abandonar gradualmente seus compromissos com o JCPOA. Em dezembro de 2020, o Parlamento iraniano aprovou uma lei permitindo o aumento do enriquecimento do urânio até 20%, diferente do limite de 3,67% previsto no acordo nuclear, e limitou as inspeções nucleares da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

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