'Próximo século pertence à Ásia', diz parlamentar iraniano aos EUA após acordo Irã-China

© AP Photo / Ebrahim NorooziO ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, à direita, dá as boas-vindas ao ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, no início de sua reunião, em Teerã, Irã, sábado, 27 de março de 2021
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, à direita, dá as boas-vindas ao ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, no início de sua reunião, em Teerã, Irã, sábado, 27 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 05.04.2021
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Parlamento iraniano afirma que as relações internacionais se movem rapidamente sem participação dos EUA, enquanto Irã pede à França cooperação construtiva na reunião em Viena.

Neste domingo (4), o presidente do Parlamento iraniano, Mohammad Baqer Qalibaf, destacou a importância do acordo de cooperação recentemente assinado entre o Irã e a China, exortando os EUA a considerá-lo um sinal de que "o próximo século pertence à Ásia", e que as relações internacionais não giram mais a seu favor, informou a Press TV.

"A assinatura do acordo abrangente de cooperação Irã-China é um aviso importante para os Estados Unidos saberem que as relações internacionais estão se movendo rapidamente em detrimento da América e este país não está mais em posição de impor unilateralmente um modelo, plano ou acordo sobre países independentes. [O acordo] É um passo estratégico, o próximo século pertence à Ásia", disse Baqer Qalibaf citado pela mídia.

O presidente também destacou a importância de aproveitar as oportunidades atuais para "traduzir este documento em projetos, planos e cooperação econômicos e políticos reais, assegurando os interesses nacionais de ambos os países".

O acordo de cooperação abrangente de 25 anos foi assinado em Teerã no dia 27 de março entre a China e o Irã, visando colaboração entre os dois países e foi anunciado como valendo US$ 400 bilhões (cerca de R$ 2 trilhões), porém, os ministérios das Relações Exteriores dos dois países não confirmaram o valor negociado.

Baqer Qalibaf também mencionou o Plano de Ação Estratégica para Combater as Sanções, uma lei aprovada em dezembro pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã (SNSC, na sigla em inglês). Segundo ele, a legislação "fez o tempo passar a favor da República Islâmica".

"Os americanos deveriam saber que a principal estratégia do Irã para se livrar das sanções se baseia em desarmá-los, e agora que a indústria nuclear do país foi reativada, cabe a eles decidir e suspender as sanções ao Irã de forma total e prática ", disse o presidente citado pela mídia.

Nesta semana, precisamente amanhã (6), haverá uma reunião em Viena, na Áustria, entre os países envolvidos no Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) para dar novos rumos ao acordo, principalmente no impasse entre o Irã e os Estados Unidos.

No sábado (3), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, fez um post em seu Twitter, convocando a França a mostrar uma posição "construtiva" na reunião ao escolher deixar de cumprir as sanções ilegais dos EUA.

Em uma chamada telefônica hoje com a ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian, exortei a França a mostrar uma posição construtiva sobre o JCPOA na reunião da próxima semana em Viena. Pedi à França que honrasse seus compromissos sob o acordo e deixasse de cumprir as sanções ilegais impostas pelos Estados Unidos.

A reunião em Viena receberá os olhos atentos de todo o mundo, já que a volta dos EUA e do Irã ao acordo é visto como um dos grandes impasses da geopolítica atual por envolver questões nucleares que ameaçam a humanidade.

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