Pouco depois do assassinato do major-general iraniano Qassem Soleimani há mais de um ano, o Parlamento do Iraque emitiu uma resolução exigindo a retirada das forças militares de Washington. Em março de 2020, a administração Trump iniciou o processo de retirada, mas parece que, agora, a administração Biden está tentando travar a retirada.
"O Parlamento tomará um novo posicionamento se a nova ronda de conversações estratégicas entre Bagdá e Washington, em abril, terminar sem uma decisão da retirada de forças de combate estrangeiras do país", afirmou Kati al-Rikabi, membro do Comitê de Segurança e Defesa do Parlamento iraquiano, à Sputnik no sábado (27).
Segundo al-Rikabi, os EUA têm apresentado resistência desde a emissão da resolução iraquiana. De acordo com o parlamentar, "alguns disseram que forças terceiras permaneceriam, e outros afirmaram que não havia mais interesse na presença contínua dos EUA no Iraque, especialmente forças de combate. [Ainda] não houve uma declaração firme de nenhuma das autoridades americanas sobre este assunto", o que os legisladores iraquianos acham "preocupante".
Será que EUA vão mesmo se retirar?
Jen Psaki, secretária de Imprensa da Casa Branca, confirmou na terça-feira (23) que as autoridades iraquianas e norte-americanas voltariam às conversações bilaterais estratégicas em abril. Nestas conversações, é esperado que os EUA "esclareçam" que a única razão para se manterem em território iraquiano é treinamento e aconselhamento das forças iraquianas, para "garantir que o Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e em outros países] não consiga se reconstituir". Porém, tal justificação também foi dada para explicar a presença dos EUA na Síria.
Em fevereiro deste ano, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, anunciou que a Aliança Atlântica expandiria sua missão no Iraque, pela mesma razão apresentada pelos EUA para justificar a presença norte-americana em solo iraquiano, sendo esperado um reforço da quantidade de tropas estrangeiras de 500 a quatro mil.
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