As últimas medidas tomadas pelo Irã colocam em risco o retorno dos EUA ao Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), alerta o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas.
"Quanto mais pressão é aplicada, mais difícil se torna encontrar uma solução política […]. [As negociações] estão sendo significativamente complicadas no momento porque o Irã obviamente não busca a redução, mas a intensificação, e isso é brincar com o fogo", afirmou Maas nesta quinta-feira (18), citado pela agência Reuters.
O aviso do chanceler alemão ocorre dias após Teerã reafirmar sua intenção de limitar a implementação do Protocolo Adicional sobre as inspeções de profissionais da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em suas instalações nucleares a partir de 23 de fevereiro se os países europeus não resolverem a questão das sanções econômicas dos EUA.

Washington, por sua vez, pediu a Teerã que reconsiderasse sua decisão. "O Irã deve reverter essas medidas e se abster de tomar outras que possam impactar as garantias da AIEA, nas quais [...] o mundo inteiro depende", disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price.
Autoridades iranianas expressaram esperança sobre a promessa de campanha eleitoral do democrata Joe Biden de levar os EUA de volta ao acordo nuclear com o Irã. Conhecido como JCPOA, o acordo foi alcançado em 2015 após anos de intensas negociações entre Irã, EUA, Rússia, China, Reino Unido, França, Alemanha e União Europeia, e prometia alívio das sanções a Teerã em troca de restrições ao seu programa nuclear.
O ex-presidente norte-americano Donald Trump retirou Washington do acordo em maio de 2018 e restaurou diversas sanções contra Teerã, especialmente as bancárias e de energia. Dessa forma, Teerã começou a se retirar de seus compromissos no acordo nuclear.
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