Ministro iraniano condena tentativa europeia de convencer Teerã a voltar ao acordo nuclear sem EUA

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Central Nuclear de Bushehr, Irã - Sputnik Brasil, 1920, 13.02.2021
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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, condenou as tentativas europeias de tentar convencer Teerã a voltar ao acordo de energia nuclear de 2015 antes de os EUA darem o primeiro passo.

Em sua publicação na plataforma Twitter, Zarif acusou os signatários do grupo E3 — Reino Unido, França e Alemanha — do acordo do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) de quererem voltar ao acordo enquanto os EUA se mantêm à margem e continuam impondo sanções.

O diplomata iraniano referiu também o parágrafo 36 do JCPOA, que indica como as disputas entre os membros do acordo, que também incluem a Rússia, China e União Europeia, devem ser resolvidas. Nesse parágrafo está escrito que, caso um membro seja acusado de quebrar o acordo e isso não seja resolvido em 80 dias, o membro queixoso (neste caso, o Irã) tem o direito de se retirar do acordo em causa.

Nossos parceiros do E3 já leram o parágrafo 36 do JCPOA e as muitas cartas do Irã sobre o assunto?

Qual a lógica que faz recair o ónus sobre o IRÃ de interromper suas medidas corretivas tomadas um ano inteiro após os EUA se retirarem – e continuarem desrespeitando – o JCPOA?

O que tem o E3 feito para cumprir seus deveres?

O Plano de Ação Conjunto Global reconhece o direito de o Irã usar energia nuclear para fins pacíficos, em troca deve se comprometer em não desenvolver armas nucleares, o que seria confirmado por um regime de inspeções da ONU. Em troca, tanto os EUA como os países do E3 concordaram em cancelar as sanções contra a República Islâmica.

No entanto, em 2018 os EUA, liderados por Donald Trump, não só abandonaram unilateralmente o acordo, como também voltaram a impor sanções à nação persa. Dois anos mais tarde, o mesmo presidente ordenou o assassinato do major-general Qassem Soleimani, líder da Força Quds. Em resposta, um ano depois o Irã iniciou o enriquecimento de urânio a 20%.

Com a escalada de tensões entre Washington e Teerã, o mundo teria esperança que a nova administração democrata, com Joe Biden como presidente, poderia retornar ao acordo nuclear anterior. Porém, o novo presidente americano não parece dar sinais de que isso se venha a tornar realidade tão cedo, ou de todo.

Funcionários da administração de Biden continuam falando sobre o cumprimento pelo Irã do o JCPOA.
Em que capacidade?

EUA cessaram sua participação em maio de 2018, violaram o JCPOA e puniram aqueles que cumpriam a resolução da ONU.

Atualmente, os EUA permanecem EXATAMENTE com a mesma posição.

Antes de criticarem, CUMPRAM.

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