Sul-africanos ficam novamente infectados com COVID-19 após terem se recuperado do vírus

© AP Photo / Jerome DelayTécnico de laboratório estuda amostras de sangue de voluntários que tomaram a vacina contra a COVID-19 da Johnson & Johnson em Groblersdal, na África do Sul
Técnico de laboratório estuda amostras de sangue de voluntários que tomaram a vacina contra a COVID-19 da Johnson & Johnson em Groblersdal, na África do Sul - Sputnik Brasil, 1920, 13.02.2021
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Algumas pessoas na África do Sul voltaram a contrair infecção, com variante da COVID-19 encontrada no país, após terem se recuperado do vírus, contou Soumya Swaminathan, cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), na sexta-feira (12).

"Estamos no momento recebendo relatórios sobre pessoas ficando reinfectadas com a nova variante do vírus, tendo havido outros relatórios iniciais da África do Sul sugerindo que pessoas que tiveram a infecção poderiam ficar infectadas de novo", informou Swaminathan em uma coletiva da OMS.

A cientista-chefe ainda não revelou mais detalhes sobre o número de reinfectados na África do Sul, apenas que estudos científicos em curso estariam analisando por quanto tempo os anticorpos vão proteger as pessoas após terem contraído o vírus.

Um estudo sul-africano publicado no mês passado revelou que a variante do coronavírus originária do país, a 501Y.V2, que contém uma mutação designada de N501Y, mostrou "uma evasão substancial ou completa" aos anticorpos do corpo humano que neutralizam a COVID-19. "Estes dados sublinham a possibilidade de reinfecção" e podem permitir "antever uma redução da eficácia" das vacinas. Porém, é importante sublinhar que este estudo ainda tem de ser revisado por pares.
© AP Photo / Jerome DelayEnfermeira coletando sangue de paciente que recebeu vacina da AstraZeneca contra a COVID-19 na África do Sul
Sul-africanos ficam novamente infectados com COVID-19 após terem se recuperado do vírus - Sputnik Brasil, 1920, 13.02.2021
Enfermeira coletando sangue de paciente que recebeu vacina da AstraZeneca contra a COVID-19 na África do Sul

Outro estudo mais amplo e geral, de 43 mil pessoas com anticorpos COVID-19 no Qatar, concluiu que a reinfecção é "rara", sendo que a infecção natural estimularia uma forte proteção imunológica contra o vírus por, pelo menos, sete meses.

Até agora, sabe-se que a variante sul-africana tem mais mutações genéticas do que as outras formas de COVID-19, incluindo a mutação E484K que, por sua vez, parece ter impacto na resposta do sistema imunológico da pessoa infectada, aumentado a possibilidade de voltar a contrair o vírus.
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