Mahmoud Hussein deixou a delegacia de polícia na tarde de hoje (6), poucos dias depois que um tribunal ordenou sua libertação condicional, enquanto ainda estão pendentes as investigações sobre as acusações de publicação de informações falsas e de pertencer a um grupo proibido, disse o advogado Gamal Eid, segundo a agência de notícias Associated Press.
Além disso, o advogado informou que Hussein terá que comparecer a uma delegacia de polícia duas vezes por semana.
A filha do jornalista, Az-Zahraa Hussein, confirmou a notícia em uma publicação no Facebook, dizendo que seu pai havia chegado em casa. A Al-Jazeera também relatou sua libertação.
Al Jazeera’s Mahmoud Hussein released from jail in Egypt https://t.co/IgxsvK9VBD
— Al Jazeera English (@AJEnglish) February 6, 2021
Mahmoud Hussein, jornalista da Al-Jazeera, é libertado da prisão no Egito.
Hussein, um egípcio que trabalhava para a emissora baseada no Qatar, foi detido no aeroporto do Cairo em dezembro de 2016, quando chegou de férias com a família de Doha, segundo a emissora.
Desde a queda do presidente Mohamed Mursi em 2013, as autoridades egípcias e a mídia pró-governo têm retratado a Al-Jazeera como o inimigo nacional do Egito por sua simpatia para com os islâmicos, especialmente o grupo Irmandade Muçulmana, organização terrorista proibida na Rússia e em outros países.

A rede, especialmente o seu serviço em idioma árabe, e sua equipe têm se envolvido em um conflito político mais amplo entre Cairo e Doha. As autoridades egípcias bloquearam o site de notícias da Al-Jazeera desde 2017, junto com dezenas de outros sites de notícias considerados muito críticos do governo.
A libertação de Hussein acontece um mês depois de Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Bahrein encerrarem a disputa com o Qatar, que começou em 2017 e incluiu os quatro países que romperam laços diplomáticos e econômicos diplomáticos com Doha.
Os quatro países acusaram o Qatar de se aproximar do Irã e de financiar grupos extremistas na região. Doha, por sua vez, negou as acusações. A Al-Jazeera também esteve no centro dessa disputa, depois que, as quatro nações, entre outras medidas, exigiram o fechamento do canal, o que o Qatar rejeitou.
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