As autoridades israelenses teriam rejeitado a proposta dos EUA de supervisionar uma ampla inspeção de segurança no porto de Haifa, apesar das preocupações de Washington sobre o fato de empresas chinesas estarem contribuindo para o desenvolvimento do porto.
De acordo com material publicado pelo jornal israelense Haaretz na segunda-feira (1º), os Estados Unidos solicitaram a inspeção no ano passado em meio a um clima tenso no Pentágono contra Israel, devido à participação da China no processo de desenvolvimento do maior porto do país do Oriente Médio. Representantes em Washington alertaram o Estado israelense contra sua persistente cooperação com o país asiático e ameaçaram impedir que navios americanos atracassem em Haifa caso a parceria sino-israelense continuasse.
As relações entre os serviços de inteligência dos EUA e de Israel permanecem estremecidas devido às divergências entre os dois países sobre a questão. Oficiais em Washington expressaram repetidamente sua inquietação com o que chamaram de "a expansão da influência chinesa em Israel" e declararam que isto era considerado uma ameaça aos interesses estratégicos dos Estados Unidos no Oriente Médio, relatou o Haaretz.
O jornal citou um relatório do Instituto Judaico para a Segurança Nacional da América, o Jinsa, e escreveu que "os Estados Unidos precisam da ajuda de seus aliados, pois buscam reduzir a presença chinesa no Oriente Médio e a dependência econômica da China".
"A China está investindo em companhias israelenses e adquirindo tecnologia para aumentar sua militarização e industrialização e elevar sua influência", afirma a reportagem.
Segundo o acordo de 2015 entre o Ministério dos Transportes de Israel e o Grupo do Porto Internacional de Xangai, o SIPG, a empresa chinesa iniciaria a comandar o porto neste ano. Temendo a possibilidade de que o envolvimento chinês pudesse criar um abalo no monitoramento tecnológico do porto e que o mesmo atuasse como uma forma de espionar atividades navais de Israel e dos EUA em exercícios conjuntos, Washington tem constantemente insistido que Israel desista do acordo.
Alegações de espionagem chinesa através de investimento tecnológico e integração se tornaram uma marca da administração do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que buscava pressionar aliados tradicionais para não oferecerem contratos a companhias de tecnologia com supostos vínculos com o Partido Comunista da China.
Pequim rejeitou veementemente as alegações de Washington, e acusou os Estados Unidos de tentarem restringir um competidor global no atual domínio mundial dos interesses econômicos americanos.
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