Vai receber fúria de Biden? Israel anuncia construção de mais casas na Cisjordânia

© AFP 2023 / Hazem BaderDestruição de uma casa residencial na Cisjordânia
Destruição de uma casa residencial na Cisjordânia - Sputnik Brasil
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Nesta segunda-feira (11), Israel avançou com planos de construir mais de 800 casas assentadas na Cisjordânia, uma decisão que poderá dificultar relações com a futura administração americana de Joe Biden.

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi o responsável pelo anúncio do plano, dizendo que cerca de 100 casas serão erguidas em um assentamento onde uma mulher israelense foi alegadamente morta por um assaltante palestino, segundo a plataforma AP News.

O anúncio vai, supostamente, dar vantagem a Netanyahu em sua dura campanha antes das eleições de março, mas poderá irritar Biden, que se opõe à expansão dos assentamentos em causa, já tendo entrado em conflito com Israel por esse motivo no passado.

Quase 500 mil israelenses vivem em assentamentos espalhados pela Cisjordânia. Os palestinos veem esses assentamentos como uma violação do direito internacional e um obstáculo à paz, uma visão que conta com amplo apoio internacional, reposta a mídia.

O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina condenou o anúncio da construção de mais assentamentos, acusando Israel de "correr contra o tempo" para os construir antes que o presidente republicano, Donald Trump, deixe o cargo.

O presidente eleito, Joe Biden, por sua vez, prometeu uma abordagem mais imparcial, na qual restaurará a ajuda aos palestinos, paralisada por Trump, e trabalhará para reativar as negociações de paz.

O líder da oposição israelense, Yair Lapid, que espera derrubar Netanyahu nas eleições, classificou o anúncio como uma "medida irresponsável" que desencadearia uma "batalha" com o novo governo dos EUA, de acordo com o artigo.

O anúncio controverso foi feito no momento em que o Egito recebia os ministros das Relações Exteriores da Jordânia, Alemanha e França para discutir maneiras de retomar as negociações voltadas para uma solução de dois Estados, que ainda é vista por quase toda a comunidade internacional como a única forma de resolver o conflito de décadas.

Em sua declaração conjunta, os ministros pediram a Israel que "cessasse imediata e completamente todas as atividades de assentamento, inclusive em Jerusalém Oriental", citados no texto.
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