"Tais acusações chegam dos sionistas o tempo todo e não têm fundamento, são vazias", disse Araghchi ao canal IRIB TV2. "Um regime que possui armas nucleares não pode acusar o Irã de querer obter armas nucleares."
Nesta segunda-feira (4), Teerã disse que havia começado a produzir urânio enriquecido em 20% no complexo nuclear de Fordow.
Em resposta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a decisão do Irã de aumentar seu nível de enriquecimento demonstra a intenção de Teerã em continuar desenvolvendo seu programa nuclear militar, pelo que prometeu evitar que a República Islâmica crie uma bomba nuclear.
Embora, de acordo com o Plano de Ação Global Conjunta (JCPOA, na sigla em inglês) de 2015, o Irã tivesse permissão para enriquecer seu urânio até 3,67%, o país suspendeu essa obrigação devido à retirada dos EUA do acordo em maio de 2018, após Israel acusar Teerã de mentir sobre suas instalações na tentativa de criar secretamente uma bomba nuclear.
É importante relembrar que a República Islâmica tem aumentado suas atividades no setor nuclear desde novembro do ano passado, após o assassinato do importante cientista nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh, cujo assassinato o Irã atribuiu ao Estado judeu.