Antigo 1º ministro do Iraque explica razão do assassinato de Qassem Soleimani

© AP Photo / Escritório do líder supremo iranianoO comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica, general-major Qassem Soleimani, (no centro) na reunião com o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, e comandantes em Teerã (foto de arquivo)
O comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica, general-major Qassem Soleimani, (no centro) na reunião com o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, e comandantes em Teerã (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
Nos siga no
Em 3 de janeiro de 2020, o major-general iraniano Qassem Soleimani foi assassinado por meio de um drone americano, enquanto visitava o Iraque em uma suposta missão diplomática secreta.

Tal operação enfureceu o parlamento iraquiano que, por sua vez, exigiu a retirada de todas as forças militares estrangeiras presentes no país.

O ex-primeiro ministro do Iraque, Nouri Al-Maliki, afirmou em uma entrevista à Al-Alam TV que o assassinato do major-general iraniano ocorreu porque ele teria arruinado os planos dos EUA para "mudar a identidade da região".

Al-Maliki caracterizou o assassinato do chefe da Força Quds pelos EUA como um "crime hediondo", apontando que Washington não só violou a soberania do Iraque, como também acabou por matar Abu Mahdi Al-Muhandis, chefe das Forças de Mobilização Populares do Iraque, que acompanhava Soleimani.

O ex-primeiro ministro iraquiano comparou as ações dos EUA ao comportamento típico de gangsters, e não de um Estado que clama "slogans de liberdade e democracia".

© REUTERS / Agência de notícias WANAProcissão fúnebre do major-general iraniano Qassem Soleimani, morto no Iraque em 3 de janeiro após ataque organizado por Washington, 6 de janeiro de 2020
Antigo 1º ministro do Iraque explica razão do assassinato de Qassem Soleimani - Sputnik Brasil
Procissão fúnebre do major-general iraniano Qassem Soleimani, morto no Iraque em 3 de janeiro após ataque organizado por Washington, 6 de janeiro de 2020

Al-Maliki apelou às autoridades governamentais para que abram uma investigação profunda ao assassinato de Soleimani, de modo a determinar se houve alguém em Bagdá que tenha ajudado Washington, pois ainda não se sabe como os EUA souberam da localização do comandante iraniano.

Sobre o assassinato de Soleimani

O major-general Qasem Soleimani, comandante da Força Quds, estava saindo do Aeroporto Internacional de Bagdá quando um míssil americano foi disparado contra o carro que o transportava.

O militar iraniano se encontrava em uma suposta missão diplomática secreta, cujas razões ainda não foram totalmente apuradas.
© REUTERS / Abdullah Dhiaa Al-DeenHomem usa máscara protetora com imagem dos militares assassinados pelos EUA Qassem Soleimani e Abu Mahdi al-Muhandis, em Kerbala, Iraque, 7 de outubro de 2020
Antigo 1º ministro do Iraque explica razão do assassinato de Qassem Soleimani - Sputnik Brasil
Homem usa máscara protetora com imagem dos militares assassinados pelos EUA Qassem Soleimani e Abu Mahdi al-Muhandis, em Kerbala, Iraque, 7 de outubro de 2020

Os responsáveis iraquianos, por sua vez, foram notificados sobre o acontecimento apenas horas depois da operação ter terminado, ação que o parlamento iraquiano condenou severamente, ordenando a saída das forças estrangeiras do país, ordem que os EUA parcialmente cumpriram.

No entanto, o Irã prometeu vingar seu respeitado general, tendo realizado dois ataques aéreos contra duas bases militares americanas no Iraque. A República Islâmica já avisou que esse não foi seu último ato de vingança, e que não vai descansar até que todas as forças americanas abandonem o país.
Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала