Forças de Tigré acusam governo etíope de atacar universidade

© REUTERS / TIKSA NEGERIGuarda da região de Tigré, na Etiópia, em Mekele, 26 de junho de 2019
Guarda da região de Tigré, na Etiópia, em Mekele, 26 de junho de 2019 - Sputnik Brasil
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A Frente Popular para a Libertação de Tigré (FPLT) afirmou hoje (19) que um ataque aéreo conduzido pelas forças do governo etíope feriu muitos estudantes universitários em Mekele, a capital da região de Tigré.

Em uma postagem no Facebook, que foi acrescida de imagens de adultos supostamente feridos em Mekele, a FPLT afirmou que "as forças invasoras e fascistas combinadas de Abiy Ahmed [primeiro-ministro da Etiópia] e Esayas Afeworki [presidente da Eritreia] feriram muitos estudantes e outras pessoas inocentes na cidade de Mekele".

O grupo acrescentou na postagem que os ataques não se restringiram a Mekele, mas também atingiram outras cidades e a infraestrutura de Tigré, como uma usina de açúcar e uma barragem hidrelétrica.

"Nossos jovens estão sendo mortos. Todo o nosso povo o está sendo abusado e humilhado", escreveu o grupo na rede social.

Segundo a agência Reuters, não foi possível verificar a autenticidade das fotos publicadas no Facebook, já que as linhas de telefone e conexões de Internet não estão funcionando na região.

Ainda segundo a Reuters, o governo da Etiópia não respondeu aos contatos da agência, mas reiterou em ocasiões anteriores que não realiza ataques contra centros urbanos e alvos civis, e apenas visa estruturas militares nos arredores das cidades.

Tigré fica no norte da Etiópia, na região da tríplice fronteira com Sudão e Eritreia, e é cenário de um conflito violento desde o início de novembro, depois que o premiê Abiy Ahmed anunciou a realização de operações militares na região.

A iniciativa do primeiro-ministro representou uma dramática escalada de uma longa disputa entre o governo federal e a FPLT, que dominou a política no país por quase 30 anos, antes da ascensão de Abiy em 2018.

Desde então, o conflito já provocou centenas de mortes e forçou milhares de pessoas a se refugiarem no Sudão.

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