Moscou lamenta posição dos EUA sobre conferência de refugiados em Damasco

© Sputnik / Ministério da Defesa da RússiaSoldado da polícia militar russa durante o patrulhamento da rodovia M-4 na província de Idlib, Síria
Soldado da polícia militar russa durante o patrulhamento da rodovia M-4 na província de Idlib, Síria - Sputnik Brasil
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"A Rússia não pode deixar de lamentar a posição mantida pelos Estados Unidos em relação à conferência sobre refugiados realizada em Damasco", declarou Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

"Os comentários críticos do lado dos Estados Unidos derivam, em nossa opinião, da linha de Washington que visa impedir o retorno dos refugiados sírios à sua pátria", disse ela em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (19).

"Lamentamos que o Departamento de Estado continue seu jogo destrutivo em torno do fórum temático sobre refugiados realizado na capital síria ", concluiu.

A conferência internacional sobre o retorno de refugiados foi realizada na semana passada, entre os dias 11 e 12 de novembro.

Na ocasião, a União Europeia se recusou a participar da reunião, e alegou que "as condições atuais na Síria não possibilitam a promoção de um retorno voluntário em grande escala, em condições de segurança e dignidade, de acordo com o direito internacional".

Apesar da ausência dos líderes do bloco europeu, a Rússia assumiu o protagonismo na conferência. Os participantes do encontro assinaram uma declaração na qual se opõem às tentativas de minar a soberania e integridade territorial da Síria.

© Sputnik / Yevgeny Biyatov / Acessar o banco de imagensBriefing da representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em Moscou (arquivo)
Moscou lamenta posição dos EUA sobre conferência de refugiados em Damasco - Sputnik Brasil
Briefing da representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em Moscou (arquivo)

​O documento também expressa a convicção de que o conflito sírio não tem solução militar, e só pode ser resolvido pelos próprios sírios por meio de um processo político apoiado pela ONU.

O Embaixador Adjunto dos Estados Unidos na ONU, Richard Mills, em uma reunião do Conselho de Segurança realizada no final de outubro, convocou países a não participarem desta conferência, após apontar que Washington estava convencida da natureza contraproducente deste fórum.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia descreveu a atitude dos EUA como uma política de dois pesos e duas medidas. A Síria vive um conflito desde março de 2011, no qual as forças do governo enfrentam grupos armados de oposição e organizações terroristas.

Atualmente, a Rússia apoia uma solução negociada para a crise, o retorno dos refugiados e a reconstrução da Síria.

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