"Os comentários críticos do lado dos Estados Unidos derivam, em nossa opinião, da linha de Washington que visa impedir o retorno dos refugiados sírios à sua pátria", disse ela em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (19).
"Lamentamos que o Departamento de Estado continue seu jogo destrutivo em torno do fórum temático sobre refugiados realizado na capital síria ", concluiu.
A conferência internacional sobre o retorno de refugiados foi realizada na semana passada, entre os dias 11 e 12 de novembro.
Na ocasião, a União Europeia se recusou a participar da reunião, e alegou que "as condições atuais na Síria não possibilitam a promoção de um retorno voluntário em grande escala, em condições de segurança e dignidade, de acordo com o direito internacional".
Apesar da ausência dos líderes do bloco europeu, a Rússia assumiu o protagonismo na conferência. Os participantes do encontro assinaram uma declaração na qual se opõem às tentativas de minar a soberania e integridade territorial da Síria.
O documento também expressa a convicção de que o conflito sírio não tem solução militar, e só pode ser resolvido pelos próprios sírios por meio de um processo político apoiado pela ONU.
O Embaixador Adjunto dos Estados Unidos na ONU, Richard Mills, em uma reunião do Conselho de Segurança realizada no final de outubro, convocou países a não participarem desta conferência, após apontar que Washington estava convencida da natureza contraproducente deste fórum.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia descreveu a atitude dos EUA como uma política de dois pesos e duas medidas. A Síria vive um conflito desde março de 2011, no qual as forças do governo enfrentam grupos armados de oposição e organizações terroristas.
Atualmente, a Rússia apoia uma solução negociada para a crise, o retorno dos refugiados e a reconstrução da Síria.
Os dois líderes se encontraram pela última vez no início de janeiro de 2020 quando Putin visitou a capital do paíshttps://t.co/jpMTRFvRh9
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) November 9, 2020