Afeganistão não precisa mais de tropas estrangeiras, diz vice-ministro da Defesa afegão

© AP Photo / Rahmat GulForças de segurança se posicionam na região da base aérea de Bragram, na província de Cabul, no Afeganistão, em 11 de dezembro de 2019 (foto de arquivo)
Forças de segurança se posicionam na região da base aérea de Bragram, na província de Cabul, no Afeganistão, em 11 de dezembro de 2019 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Após anos de guerra entre o governo afegão e o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países), Cabul afirma que tem recursos suficientes para combater os extremistas.

Em declaração à Sputnik, o vice-ministro da Defesa do Afeganistão, Shah Mahmood Miakhel, disse:

"No passado havia 120.000 tropas estrangeiras no Afeganistão, mas agora temos 400.000/500.000 tropas próprias. Assim, a dependência de forças estrangeiras em termos de recursos humanos diminuiu. As operações que anteriormente eram planejadas por estrangeiros, agora são planejadas pelas nossas próprias forças e a área de equipamento também está evoluindo constantemente, sem escassez."

A autoridade também ressaltou a cada vez maior autossuficiência das forças de segurança do país para lidar com ameaças.

"A grande mudança agora é que estamos sobre os nossos próprios pés, ou seja, 96% da guerra que planejamos e sua execução é [feita] por nós mesmos, e foi criada uma capacidade entre as forças de defesa e segurança, o que é uma grande mudança", acrescentou.

Os comentários do vice-ministro se dão enquanto surgem notícias de que os EUA planejam reduzir seu contingente militar no Afeganistão dos 4.500 militares para 2.500.

A retirada gradual das forças militares americanas do território afegão é uma das condições do acordo assinado entre Washington e o Talibã em fevereiro deste ano.

'Erro do Talibã'

Falando sobre a estratégia de combate do Talibã, Miakhel acrescentou:

"A primeira [questão] é que o Talibã cometeu um erro de cálculo. O cálculo foi que o Talibã disse: 'Se intensificarmos a guerra, derramarmos mais sangue, conseguiremos mais concessões na mesa de negociações'., disse o vice-ministro, quando perguntado o que poderia explicar o recente aumento dos ataques.

Apesar das conversações entre Cabul e a organização terrorista, os ataques do Talibã ainda ocorrem no país.

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