Líder do Tigré confirma disparos contra Eritreia

© REUTERS / Tiksa NegeriPresidente regional de Tigré, Debretsion Gebremichael, durante cerimônia militar em Melekke, Etiópia, 26 de junho de 2019
Presidente regional de Tigré, Debretsion Gebremichael, durante cerimônia militar em Melekke, Etiópia, 26 de junho de 2019 - Sputnik Brasil
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O líder da região do Tigré, no norte da Etiópia, confirmou hoje (15) que suas forças dispararam foguetes contra o aeroporto da capital da Eritreia, em um novo episódio de escalada do conflito que ameaça o chifre da África.

O presidente regional do Tigré, Debretsion Gebremichael, acusa a Eritreia de enviar tanques e soldados para a região em apoio à ofensiva do governo etíope e acrescentou que suas forças estão sob ataque "em diversas frentes".

"Nosso país está nos atacando com ajuda de uma nação estrangeira, a Eritreia. Isso é traição!", disse Debretsion em mensagens à agência Reuters, mas sem providenciar detalhes ou evidências de suas alegações.

O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, escreveu no Twitter neste domingo (15) que a Etiópia tinha plenas capacidades de atingir seus objetivos nó Tigré "por si mesma", mas sem fazer qualquer menção às declarações de Debretsion.

A Justiça prevalecerá! A Etiópia prevalecerá!

O governo central da Etiópia lançou uma ofensiva contra o Tigré em 4 de novembro, após acusar as forças locais de ataques contra tropas federais alocadas na região. O Tigré faz fronteira com Eritreia e Sudão, e é habitado por cerca de cinco milhões de pessoas.

Adis Abeba acusa os líderes do Tigré de traição e afirma que as operações militares do governo têm como objetivo restaurar o Estado de Direito. Os tigrínios tiveram forte influência política nas coalizões que governaram o país até a ascensão de Abiy - que pertence à etnia Oromo - em 2018, e denunciam que o atual governo os está marginalizando desde então, o que o premiê nega.

O conflito já resultou na morte de centenas de pessoas de ambos os lados e pode desestabilizar outras partes da Etiópia e do chifre da África. Pelo menos 20.000 etíopes se refugiaram no Sudão, afirmaram as Nações Unidas neste domingo (15), segundo a Reuters.

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