"Israel segue a Doutrina Begin, o que significa que não aceitarão que um Estado hostil tenha as armas mais destrutivas da Terra", afirmou McMaster em entrevista à Fox News.
Em seus comentários o antigo funcionário referia-se à política do governo israelense de levar a cabo ataques preventivos contra potenciais adversários suspeitos por Tel Aviv de desenvolverem armas de destruição em massa.
A doutrina foi formulada na década de 1960, mas recebeu o nome do antigo primeiro-ministro Menachem Begin, que governou Israel entre 1977 e 1983. Foi ele quem ordenou atacar em 1981 o reator nuclear iraquiano de Osirak nos arredores de Bagdá quando este ainda estava em construção.
A doutrina é ilegal nos termos do direito internacional, que proíbe os conceitos de ataques preventivos e de guerra preventiva.
"Vimos isso no passado com ataques das Forças de Defesa de Israel (FDI) na Síria. Lembram-se, em 2007, quando a Coreia do Norte estava ajudando a construir uma instalação de armas nucleares no deserto sírio e as FDI atacaram e [conduziram] ataques semelhantes no Iraque antes disso? Portanto, eu penso que é uma possibilidade", relatou ex-conselheiro de segurança dos EUA referindo-se à Operação Pomar realizada pelas FDI em setembro 2007.
As autoridades da Síria rejeitaram repetidamente as alegações de que a instalação atacada em 2007 era uma "instalação nuclear", o presidente Bashar Assad dizia que seria "tolo" para o Damasco construir uma instalação nuclear no deserto sem qualquer defesa aérea. Em 2009 as autoridades sírias informaram à Agência Internacional de Energia Atômica que o local destruído era um depósito de mísseis.
Israel admits it bombed #Syria in 2007 https://t.co/UcsDwLSkAe pic.twitter.com/ylQfO2ZnHC
— Press TV (@PressTV) March 21, 2018
Israel admite ter bombardeado Síria em 2007.
No início de outubro, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, apelou à comunidade internacional para que pressione Israel a aderir ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e eliminar seu arsenal de armas nucleares.
"A comunidade internacional deve obrigar Israel – que tem a agressão em seu próprio DNA – a aderir imediatamente ao TNP e destruir seu arsenal nuclear", afirmou Zarif em um pronunciamento pré-gravado na ONU.
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