Sanções econômicas dos EUA impedem refugiados sírios de voltarem para seu país, diz Assad

© AP PhotoRefugiados sírios no acampamento de Rukban, na fronteira sírio-jordaniana (foto de arquivo)
Refugiados sírios no acampamento de Rukban, na fronteira sírio-jordaniana (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Rússia reafirma compromisso de apoiar Damasco a reconstruir a Síria, enquanto Assad acusa bloqueio econômico dos EUA de impedir o retorno de refugiados ao país.

Durante a Conferência Internacional para o Retorno dos Refugiados Sírios, que decorre hoje (11) em Damasco, na Síria, o presidente do país árabe, Bashar Assad, afirmou:

"Continuamos a trabalhar firmemente pelo retorno de todos os refugiados que querem voltar e participar da reconstrução do país [...] Contudo, existem grandes impedimentos, além da pressão a que os refugiados sírios são submetidos no exterior, para impedir seu retorno, existem sanções econômicas ilegais e bloqueios, criados pelo regime americano ou seus aliados."

Ainda de acordo com Assad, o "problema do retorno dos refugiados à pátria ultrapassa os limites da questão humanitária, para nós [isso] é um problema nacional".

O presidente árabe também agradeceu o apoio russo ao seu país.

"Eu me dirijo aos amigos russos com palavras de gratidão pelos esforços enormes que eles fizeram para a convocação desta conferência importante diante das tentativas do Ocidente de impedir a sua realização."

EUA recusaram-se a participar da conferência

Por sua vez, os EUA rejeitaram participar do fórum para o retorno dos refugiados.

Tendo em vista tal fato, o representante do presidente da Rússia para a Síria, Aleksandr Lavrentev, leu durante o evento uma mensagem do chanceler russo Sergei Lavrov:

"Não se pode deixar de mencionar a recusa injustificável de um conhecido grupo de países liderados pelos EUA de participar do fórum humanitário de hoje, o qual se realiza em concordância com a Resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU, além de suas tentativas de impedir a sua realização."

Para Lavrov, tal fato comprova o jogo duplo dos EUA em sua política para a Síria.

"Consideramos tal política de nossos oponentes mais uma prova dos padrões duplos em relação à Síria, tentando fazê-la refém de interesses geopolíticos extremamente egoístas [...] Não é de surpreender que tal posição seja tomada exatamente por aqueles países que estiveram diretamente envolvidos no agravamento da crise síria, prestaram e continuam prestando apoio às forças antigovernamentais, incluindo terroristas", acrescentou.

Anteriormente, o alto representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que o bloco acredita ser prematuro realizar uma conferência sobre o retorno dos refugiados sírios. Tal pensamento foi usado como justificativa para a recusa em participar do fórum.

Ainda comentando o apoio da Rússia para a Síria, o comunicado de Lavrov disse:

"A Rússia continua oferecendo apoio em múltiplos planos à Síria, como país amigo. Empregamos esforços para que o maior número possível de países e organizações adira à participação na reconstrução da infraestrutura de especial importância socioeconômica na Síria."

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