O grupo palestino tinha esperanças de que o navio de guerra teria material suficiente para a produção de foguetes, em particular para a propulsão destes.
Para tanto, mergulhadores do Hamas desceram ao local do naufrágio durante semanas, removendo com sucesso munições de canhão de grande calibre, de acordo com o Canal 12 da TV israelense.
Anteriormente, a exata localização da embarcação havia sido fixada após mergulhadores do Hamas terem encontrado o navio britânico HMS M15 na costa de Gaza durante um exercício.
Após a operação de retirada ter sido iniciada, o material removido foi levado para uma instalação de produção de foguetes, onde especialistas do Hamas desmontaram as munições.
Contudo, os especialistas do movimento acabaram concluindo que, após mais de 100 anos no fundo do mar, o equipamento militar não poderia mais ser utilizado.
Naufrágio
O HMS M15 foi um navio monitor da Primeira Guerra Mundial britânico utilizado por seu país contra o Império Otomano na costa da Palestina.
A embarcação, que também serviu na defesa do canal de Suez durante a guerra, possuía um canhão de calibre 9,2 polegadas e foi usado contra os otomanos durante a conquista da Palestina pelos britânicos no conflito mundial.
Contudo, a embarcação acabou indo a pique após ser atacada pelo submarino alemão UC-38 em 11 de novembro de 1917 na costa de Gaza, atualmente sob poder do Hamas.
A tentativa do Hamas em obter explosivos do HMS M15 se dá no contexto em que Israel e Egito monitoram as fronteiras da Faixa de Gaza para evitar que o Hamas obtenha armas ou material para sua produção.
