Em meio a protestos contra apagões, governo interino do leste da Líbia renuncia

© REUTERS / Adel OmranLíder do governo sediado em Benghazi, no leste da Líbia, Abdullah Thani
Líder do governo sediado em Benghazi, no leste da Líbia, Abdullah Thani - Sputnik Brasil
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O governo interino da Líbia, liderado pelo primeiro-ministro Abdullah Thani, enviou neste domingo (13) carta de renúncia para o presidente do Parlamento sediado na cidade de Tobruk, Aguila Saleh. 

A medida ocorre em meio a protestos nos últimos dias em locais como Benghazi, onde fica a sede do governo, e outras cidades da região contra cortes de energia e o alto custo de vida.

"O governo da Líbia submeteu uma carta de renúncia para o presidente do Parlamento. [A carta] será submetida ao conselho [Câmara dos Representantes]", disse o Parlamento por meio de um comunicado. 

Na sexta-feira (11), o Parlamento acusou o Banco Central e o governo da capital Trípoli de "saquear" o país e negligenciar o leste da Líbia, que vive onda de protestos provocada pelos apagões de eletricidade. Manifestantes atearam fogo em pneus e bloquearam várias rodovias do país.

Trípoli teve protestos parecidos recentemente

A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL) informou que pelo menos um civil morreu e três ficaram feridos. O órgão pediu uma investigação completa e imediata sobre a prisão e o uso excessivo de força contra os manifestantes. 

Recentemente, protestos semelhantes ocorreram em Trípoli, tendo como alvos a corrupção e cortes de energia. 

A Líbia está dividida entre as duas administrações rivais desde 2011, quando seu antigo líder Muammar Kadhafi foi morto. O Exército Nacional da Líbia (LNA), comandando pelo general Khalifa Haftar, controla o leste do país, enquanto o Governo do Acordo Nacional (GNA), apoiado pela Turquia e reconhecido pela ONU, controla o oeste líbio.  

Na sexta-feira (11), o Parlamento sediado em Tobruk reafirmou o compromisso do órgão ao cessar-fogo proposto pela Iniciativa do Cairo, acordo costurado em 6 de junho pelo presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, e o marechal Haftar, que inclui uma trégua no território líbio e os termos para negociações políticas. 

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