"Estamos apresentando o projeto de lei que impediria uma pessoa indiciada de concorrer a primeiro-ministro porque a situação atual não pode continuar", disse Yair Lapid, líder da coalizão de oposição Yesh Atid-Telem.
Em novembro de 2019, Netanyahu, que está no poder desde 2009, foi indiciado por fraude, suborno e quebra de confiança pública depois de ser acusado de aceitar presentes luxuosos de empresários e fazer acordos com chefes de mídia para cobertura favorável.
A votação representa uma ameaça para Netanyahu depois que Benny Gantz, cuja aliança centrista Azul e Branco formou uma coalizão governamental com o partido Likud do primeiro-ministro em abril, não descartou o apoio à legislação. Mesmo se Gantz apoiasse o projeto de lei, no entanto, pode não haver maioria para aprovar a lei.
Netanyahu e Gantz estão em um impasse quanto ao orçamento do Estado, que deve ser aprovado até 25 de agosto, ou Israel será forçado a realizar sua quarta eleição geral desde abril de 2019.
A Azul e Branco busca a aprovação de um orçamento de longo prazo até 2021, enquanto o Likud quer apenas um plano financeiro para os próximos meses, citando a incerteza causada pelo novo coronavírus.

A pandemia da COVID-19 foi um duro golpe para a economia israelense. "As pessoas não têm nada para comer, os negócios estão fechando", mas "tudo o que ocupa" Netanyahu é seu julgamento, avaliou Lapid, acrescentando que isso foi uma "desgraça".
O julgamento de Netanyahu se intensificará no final deste ano e realizar uma eleição antes disso permitirá que o primeiro-ministro "melhore [...] seu status legal e pessoal", argumentou Gantz.
Mas se a legislação for aprovada por parlamentares no Legislativo israelense, Netanyahu nem mesmo seria elegível para concorrer nas próximas eleições.
Durante meses, Israel foi dominado por protestos contra o premiê, com muitos indignados com as acusações de corrupção contra ele e o que eles consideram uma resposta fraca do governo à pandemia da COVID-19. A última manifestação ocorreu em frente à residência oficial do premiê em Jerusalém no sábado (8), reunindo 15 mil pessoas.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)