O número de mortos por coronavírus no Irã subiu para 2.517 neste sábado, com 139 mortes nas últimas 24 horas, enquanto os casos subiram de 3.076 a 35.408, disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Kianoush Jahanpour, na televisão estatal.
"Estamos em condições difíceis, em condições de sanções, mas alocamos 20% do nosso orçamento este ano para [o combate ao] coronavírus e isso pode ser surpreendente para o mundo de um país sob sanções", disse Rouhani em comentários transmitidos pela televisão estatal.
Fechado do mercado internacional de capitais e enfrentando um novo impacto em suas finanças com o colapso dos preços do petróleo em cima das sanções dos EUA, o Irã está lutando para proteger sua economia da pandemia do novo coronavírus.
Rouhani assegurou ao público que o país tinha um sistema de saúde forte e capaz de lidar com o caso de uma rápida progressão da doença. O seguro de saúde do Estado cobriria 90% dos custos dos pacientes relacionados ao coronavírus, disse ele.
A alocação do orçamento, no valor de cerca de 1.000 trilhões de riais, incluiria doações e empréstimos a juros baixos para os afetados pela COVID-19, destacou Rouhani.

O valor alocado vale cerca de US$ 6,3 bilhões à taxa de câmbio do mercado livre do rial, de cerca de 160.000 riais por dólar. Mas o governo pode decidir alocar parte dos fundos à taxa oficial de 42.000, usada para subsidiar alimentos e medicamentos
Na quinta-feira, Rouhani afirmou que o governo estava buscando aprovação para retirar US$ 1 bilhão do fundo soberano do Irã para a luta contra o coronavírus.
Tocar no fundo soberano requer o acordo do líder supremo aiatolá Ali Khamenei, que tem a última palavra em todas as questões estatais.
As tensões aumentaram entre o Irã e os Estados Unidos desde 2018, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, encerrou o acordo nuclear de Teerã em 2015 com as potências mundiais e reimprimiu as sanções que prejudicaram a economia iraniana.
As autoridades iranianas, culpando as sanções dos EUA por impedir os esforços de Teerã para conter o surto, instaram outros países e as Nações Unidas a pedirem a Washington que cancele as sanções. Washington rejeitou a flexibilização das sanções.
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