"Eles [combatentes do Talibã] não têm a intenção de cumprir o seu acordo", disse à NBC News um funcionário americano informado sobre inteligência que dois outros descreveram como evidência que explicita as intenções do Talibã.
De acordo com a fonte, os relatórios de inteligência coincidem com declarações do Talibã (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países) no Paquistão de que o grupo vê o processo de paz como uma oportunidade para assegurar a retirada dos "invasores" americanos.
Depois disso, o grupo terrorista supostamente pretende atacar o "governo afegão apoiado pelos EUA".
Washington se comprometeu a reduzir o número de tropas no país asiático para 8.600 soldados. O secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo expressou na quinta-feira (5) a confiança que a liderança talibã está fazendo todo o possível para implementar o acordo.
No dia 29 de fevereiro, os EUA e o Talibã assinaram em Doha, capital do Qatar, o primeiro acordo de paz em mais de 18 anos de guerra. O acordo prevê a retirada das tropas estrangeiras do Afeganistão dentro de 14 meses e o início do diálogo interafegão após o acordo sobre a troca de prisioneiros.
Dias após a assinatura do acordo, as Forças Armadas dos EUA declararam que realizaram um ataque aéreo retaliatório contra o Talibã em Nahr-e Saraj, no Afeganistão, em 4 de março.