Em declaração feita em Istambul, Turquia, Erdogan disse:
"A questão síria não é de forma alguma um jogo [militar] ou um desejo de expandir nossas fronteiras. Entramos lá não a convite de Assad, mas a convite do povo sírio. E enquanto o povo não nos pedir para sair, nós não sairemos. Eu disse a Putin: nos deixe cara a cara com o regime [sírio], e nós iremos fazer o que for necessário."
Ao mesmo tempo, Erdogan declarou que abriu as fronteiras de seu país com a União Europeia aos refugiados sírios.
"Nós já vínhamos dizendo há muito tempo que não somos obrigados a aceitar tamanho número de refugiados. Vocês [a UE] nos prometeram assistência, mas não estão fazendo nada, então abrimos nossas fronteiras ontem [28]. 18.000 refugiados já passaram [pela fronteira], e hoje [29] esse número será de 25.000 a 30.000, e nós não vamos fechar nossas portas porque a UE deve manter sua palavra", acrescentou o presidente.
Ainda segundo Erdogan, na Turquia já se encontram 3,7 milhões de sírios e o país não poderá aceitar uma nova onda de refugiados, noticiou a agência Anadolu.
Enquanto isso, a Grécia impediu a entrada "ilegal" de 4.000 imigrantes vindos da Turquia, segundo a agência AFP.
'Saiam do caminho da Turquia'
Ao comentar uma conversa telefônica que teve com o presidente russo, Erdogan afirmou:
"Eu perguntei abertamente a Putin: o que vocês estão fazendo em Idlib? Se querem construir uma base militar, então construam, mas saiam do caminho da Turquia".
Tensões
Ao passo que a diplomacia russa tenta acordar um cessar-fogo duradouro para a guerra na Síria, ultimamente têm sido registrados violentos embates entre as forças do presidente Bashar Assad e militares turcos, em particular na província síria de Idlib. A Turquia já perdeu dezenas de militares nos combates nesta província.
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