Chanceler russo nega que situação na Líbia tenha ficado fora de controle

© Sputnik / Aleksei Kudenko Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante reunião de trabalho (foto de arquivo)
Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante reunião de trabalho (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, negou que a situação na Líbia tenha ficando fora de controle novamente.

O ministro, em uma entrevista ao jornal italiano La Stampa, afirmou que a situação seria melhor definida como impasse.

"Afirmar que a situação na Líbia está fora de controle, depois da Conferência de Berlim, não está totalmente correto na minha opinião. Seria mais correto dizer que não houve mudanças radicais na situação", disse Lavrov.

O Ministro das Relações Exteriores da Rússia acrescentou que "as controvérsias entre as principais partes do conflito na Líbia chegaram ao extremo, no qual é impossível resolvê-las no âmbito de um evento, mesmo tão representativo quanto o fórum de Berlim".

A tarefa mais importante que a comunidade internacional enfrenta atualmente, segundo Lavrov, é "garantir que os líbios aceitem inequivocamente as disposições do documento final da Conferência de Berlim".

O ministro também destacou que cabe aos líbios garantir a integridade territorial de seu país, enquanto a comunidade internacional deve criar as condições necessárias para isso.

Líbia está divida em dois centros de poder. O governo interino, juntamente com o Parlamento em Tobruk, controla a parte oriental do país e conta com apoio das tropas do marechal Khalifa Haftar. O governo do Acordo Nacional endossado pela ONU, com sede em Trípoli, controla o noroeste do país.

Em 19 de janeiro, Berlim sediou uma conferência internacional sobre a Líbia, no nível de chefes de Estado e de Governo, com a participação de líderes da Alemanha, Argélia, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, EUA, França, Itália, Reino Unido, República do Congo, Rússia e Turquia, além de representantes seniores da ONU, União Europeia, União Africana e Liga Árabe. Também participaram do fórum os líderes rivais da Líbia - o chefe do Governo do Acordo Nacional, Fayez al-Sarraj, e o comandante do Exército Nacional da Líbia, marechal Khalifa Haftar - embora em nenhum momento eles tenham ficado frente a frente em Berlim.

Em sua declaração final, os participantes da conferência reconheceram a necessidade de redobrar seus esforços para alcançar um armistício sustentável na Líbia e de adotar medidas recíprocas ​​a esse respeito, incluindo as etapas para desmantelar grupos armados e milícias.

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