Washington teria conhecimento antecipado dos ataques iranianos?

© AP Photo / Vahid SalemiMulher iraniana caminha com retrato do general Qassem Soleimani perto de muro com representação de bandeira dos Estados Unidos
Mulher iraniana caminha com retrato do general Qassem Soleimani perto de muro com representação de bandeira dos Estados Unidos - Sputnik Brasil
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Na mídia árabe se debate ativamente a teoria de que os ataques às bases da coalizão internacional foram acordados previamente com Washington, por esse motivo os soldados teriam podido se proteger e sair ilesos.

General Majed al Qaisi, especialista militar em espionagem e grupos terroristas, comentou em entrevista à Sputnik Árabe que o ataque iraniano foi uma resposta direta e adequada ao assassinato do general iraniano Qassem Soleimani.

"O ataque aos norte-americanos foi realizado no Iraque porque o general iraniano também foi morto lá. Não temos motivos para afirmar que entre Washington e Teerã tenha sido acordado o horário do ataque às bases no Iraque", argumenta o general.

Além disso, al Qaisi analisa que "Teerã interpretou o assassinato de seu general como uma agressão direta, à qual era necessário dar uma resposta simétrica".

No entanto, o analista político Abdel Qader al Jamili apresentou à Sputnik uma visão diferente quanto ao ocorrido:

"É evidente que a operação realizada com mísseis foi calculada por ambos os lados. O objetivo principal foi manter a face do governo iraniano. Tudo se tornou claro depois da troca de mensagens entre os EUA e o Irã através do embaixador suíço, que representa os interesses norte-americanos no Irã [...] Esta versão é confirmada pela reação do lado norte-americano, que foi extremamente calma."

Reação dos manifestantes iraquianos

Anteriormente, manifestantes iraquianos demonstravam seu descontentamento pelo enfrentamento entre o Irã e os Estados Unidos em território iraquiano, exigindo o fim imediato do desrespeito pela soberania do país árabe.

Em resposta ao aumento de tensões entre estes países, foram organizadas grandes manifestações em Bagdá com slogans como: "Nós não somos seu campo de batalha, lutem e ajustem contas em outro lugar!"

Manifestações massivas estão programadas para 10 de janeiro para exigir a dissolução do Parlamento iraquiano e o fim da presença de forças estrangeiras no país.

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