Assassinato de comandante iraniano pode elevar confronto entre EUA e Irã a novo nível, diz mídia

© AP Photo / Escritório do líder supremo iranianoO comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica, general-major Qassem Soleimani, (no centro) na reunião com o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, e comandantes em Teerã (foto de arquivo)
O comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica, general-major Qassem Soleimani, (no centro) na reunião com o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, e comandantes em Teerã (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O assassinato o comandante Qassem Soleimani pode ser a escalada mais dramática nas relações entre EUA e Irã desde o início da Guerra do Iraque.

Nesta sexta-feira (3), os EUA realizaram um ataque aéreo ao aeroporto internacional de Bagdá para eliminar um dos mais poderosos comandantes militares iranianos, o major-general Qassem Soleimani.

Soleimani era um dos líderes da Guarda Revolucionária iraniana e o comandante da força Quds. Os ataques aéreos dos EUA foram realizados após a invasão da Embaixada dos EUA em Bagdá por militantes xiitas da milícia Kataib Hezbollah (KH), que seria apoiada pelo Irã.

© REUTERS / Social MediaDestroços em chamas próximos ao aeroporto internacional de Bagdá. De acordo com grupos paramilitares iraquianos, três mísseis dos EUA teriam atingido o aeroporto, em 3 de janeiro de 2020
Assassinato de comandante iraniano pode elevar confronto entre EUA e Irã a novo nível, diz mídia - Sputnik Brasil
Destroços em chamas próximos ao aeroporto internacional de Bagdá. De acordo com grupos paramilitares iraquianos, três mísseis dos EUA teriam atingido o aeroporto, em 3 de janeiro de 2020

Para especialista ouvido pela revista norte-americana Foreign Policy, o assassinato de Soleimani irá aproximar os EUA e o Irã de um conflito direto.

"Estamos entrando em um período no qual há uma grande possibilidade […] de conflito direto entre os EUA e o Irã. O Oriente Médio já está em chamas, por causa de conflitos e protestos em grande escala. Agora pode ficar muito, muito pior", declarou Seth Jones, pesquisador do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais.

Segundo o especialista, até agora o Irã e os EUA se confrontavam de maneira indireta, em territórios de países terceiros, como o Iraque, Síria e Líbano.

"Até agora, o conflito entre o Irã e os EUA foi, sobretudo, indireto, envolvendo as sanções econômicas dos EUA e ataques contra aliados militares", explicou.

© AP Photo / Khalid MohammedManifestantes incendeiam parte da Embaixada dos EUA, em Bagdá, no Iraque, nesta terça-feira (31)
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Manifestantes incendeiam parte da Embaixada dos EUA, em Bagdá, no Iraque, nesta terça-feira (31)

Para ele, a estratégia de guerra assimétrica do Irã, que apostava na expansão de forças militares aliadas ao redor da região, sofre um grande abalo com o assassinato de Soleiman.

"O ataque eliminou a figura militar mais importante do Irã [...] Soleiman supervisionava pessoalmente a expansão do Irã, criando um culto da personalidade por toda a região. Sua morte representa uma baixa significativa para a estratégia assimétrica do Irã", acrescentou.

O ataque norte-americano teria sido ordenado por Donald Trump pessoalmente, o que representa uma mudança significativa, uma vez que o presidente dos EUA havia manifestado o desejo de retirar as tropas dos EUA do Oriente Médio.

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