Rússia é o principal vencedor na Síria, segundo analista americano

© REUTERS / Omar SanadikiBandeiras da Rússia e da Síria hasteadas em veículos militares na cidade russa de Manbij, em 15 de outubro de 2019
Bandeiras da Rússia e da Síria hasteadas em veículos militares na cidade russa de Manbij, em 15 de outubro de 2019 - Sputnik Brasil
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Especialista americano afirmou em entrevista à agência Sputnik que a Rússia se tornou o principal vencedor na Síria após esse país e a Turquia terem concluído um memorando em 22 de outubro, na cidade russa de Sochi.

Rússia e a Turquia assinaram um memorando de 10 parágrafos sobre a introdução de unidades da polícia militar russa e do serviço de fronteiras da Síria, no lado sírio da fronteira com a Turquia e fora da zona da operação turca Fonte de Paz, que deve facilitar a retirada das unidades curdas a uma distância de 30 quilômetros da fronteira sírio-turca.

Segundo o especialista do Conselho de Relações Exteriores dos EUA Henry Bernie, o presidente russo, Vladimir Putin, quer que [o líder sírio Bashar] Assad “consolide plenamente o poder em toda a Síria".

"Ele não poderia fazê-lo com a presença dos EUA na Síria. Assim, a Turquia fez de fato o jogo dele. O próximo passo da Rússia com Assad será tomar Idlib. A Rússia é o verdadeiro grande vencedor", explicou o especialista.

Retirada das tropas turcas

Henry Bernie também considera que a Turquia será pressionada para abandonar o território da Síria. Além disso, Gonul Tol, especialista do Centro de Estudos Turcos do Instituto do Oriente Médio, também concorda que a presença turca é temporária. "Finalmente eles pedirão às forças turcas que se retirem", disse ela.

Tol observou que, com os novos acordos russo-turcos, Ancara ficou "um passo mais perto de reconhecer o regime de Assad", indicando que no memorando de Sochi há referência ao acordo de Adana entre a Síria e a Turquia de 1998.

A especialista também acredita que o possível aumento do contingente dos EUA na Síria para garantir a segurança das áreas petrolíferas é "irrealista" e "não vai corrigir os problemas dos EUA na Síria". Anteriormente, o presidente Donald Trump afirmou que suas tropas ficarão no país árabe para proteger os poços de petróleo.

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