Presidente angolano: Rússia foi determinante na luta contra colonialismo na África

© Sputnik / Aleksei DruzhininPresidente russo, Vladimir Putin, e o presidente de Angola, João Lourenço, apertanto as mãos
Presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente de Angola, João Lourenço, apertanto as mãos  - Sputnik Brasil
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Em entrevista à Sputnik, o presidente de Angola destacou a parceria com a Rússia e reclamou dos preços do petróleo.

O Fórum Rússia-África, realizado nesta semana em Sochi entre 23 e 25 de outubro, recebeu quase 100 mil visitantes. Pelo menos 44 presidentes e primeiros-ministros se fizeram presentes, coroando o esforço diplomático da Rússia para aumentar sua influência no continente africano.

Na lista de acordos comerciais e bilaterais celebrados esses dias se destaca o perdão da dívida de países africanos, remanescente dos tempos soviéticos, pela Rússia, que somava a expressiva cifra de U$ 20 bilhões (cerca de R$ 80 bilhões).

O presidente de Angola, João Lourenço, também participou da cúpula e, em conversa com Sputnik, destacou a importância da Rússia tanto para o seu país, como para todo o continente africano.

"Sabe que a Rússia sempre prestou uma grande ajuda à África, sobretudo ajuda na área da defesa e segurança, contribuiu bastante para a libertação dos nossos povos, e por força disso hoje a África é um continente livre do colonialismo, não é?", declarou o chefe de Estado.

Ele salientou que hoje o foco se deslocou para a economia e que a cooperação entre os dois países acontece primariamente nos setores civil, energético, educação, saúde e tecnologias de informação.

"Basta dizer que uns dos mais fortes e seguros sistemas de segurança cibernética é de uma companhia russa", ponderou João Lourenço, além de destacar o desenvolvimento em conjunto do satélite angolano AngoSat-2.

Petróleo

Ao comentar os atuais preços do petróleo e sua participação na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o líder angolano defendeu a necessidade de um equilíbrio que beneficie os produtores e consumidores.

"Temos de lutar para encontrar um ponto de equilíbrio que não beneficie demais os produtores, mas que também não prejudique demais os consumidores. Esse ponto de equilíbrio, penso que o preço atual está abaixo dele, do ponto do equilíbrio, pode subir um pouco mais. E se nós fazemos parte de uma organização internacional como a OPEP, em princípio a nossa posição é aquela que a organização à que pertencemos defende", concluiu o presidente.
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