Análise: Arábia Saudita deveria repensar sua defesa após falha do sistema antiaéreo Patriot

© AP Photo / Itsuo InouyeMísseis Patriot PAC-3 (foto referencial)
Mísseis Patriot PAC-3 (foto referencial) - Sputnik Brasil
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Arábia Saudita, o maior comprador de armas norte-americanas no Oriente Médio, deveria repensar o uso de sistema norte-americanos para garantir a sua defesa no futuro, dizem especialistas.

Especialistas russos apontam que falhas no sistema antiaéreo norte-americano Patriot foram desastrosas para a segurança das instalações petrolíferas sauditas. Ao comentar a falha do sistema, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, minimizou o ocorrido e disse que esses sistemas têm "graus de sucesso variável".

De acordo com o especialista em assuntos militares Igor Korotchenko, "o caso saudita foi um golpe colossal na reputação do sistema antiaéreo Patriot. A declaração de Pompeo é uma tentativa de encobrir o fato de que os EUA passaram vexame".

Ele notou que os sistemas análogos russos Tor-M2 defendem com sucesso a base aérea de Khmeimim na Síria contra drones terroristas. "Os sistemas antiaéreos deveriam garantir a interceptação de qualquer tipo de alvo – é justamente para isso que eles são construídos. A taxa de sucesso deve ficar próxima dos 100%", afirmou o especialista.

O membro do Comitê de Segurança e Defesa do Senado russo Franz Klintsevich afirmou que "se a Arábia Saudita tivesse instalado sistemas antiaéreos russos, isso não teria acontecido. Os sistemas de mísseis S-300 e S-400, com apoio do sistema Pantsir S-1, não teriam permitido que nenhum dos drones e nenhum dos mísseis tivessem atingido o seu alvo. Os sauditas deveriam pensar nisso".

Já o membro do Comitê de Defesa da Duma (câmara baixa da Assembleia Federal) Aleksandr Sherin ironizou: "da próxima vez que os americanos impuserem a um dos seus parceiros a compra dos seus sistemas Patriot, ou de qualquer outro armamento, é melhor colocarem um alerta, como aqueles que colocam nos maços de cigarro – no contrato ou nas caixas deveria estar escrito ‘nem sempre funciona’. Assim seria honesto."

Ataques às instalações da Saudi Aramco

Em 14 de setembro, a Arábia Saudita, o maior exportador e um dos principais produtores de petróleo do mundo, cortou em quase cinquenta por cento o seu fornecimento diário do produto em função dos ataques de drones às instalações da companhia estatal de petróleo, a Saudi Aramco.

No dia 17, o ministro da Energia saudita anunciou o uso de reservas de recurso para compensar parte da demanda do mercado.

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