"Acreditamos que podemos oferecer alguma experiência, uma experiência compartilhada que acumulamos devido à nossa infeliz necessidade de nos defendermos", disse Netanyahu a Ahmed, segundo comunicado do escritório do premiê israelense.
Netanyahu saudou o primeiro-ministro do país do Chifre da África como "um dos líderes mais importantes e influentes da África".
Na década de 1960, algumas nações africanas se distanciaram de Israel devido às guerras do estado judeu com seus vizinhos árabes e seus vínculos com o regime do apartheid na África do Sul.
Netanyahu tem procurado estabelecer laços mais próximos com as nações africanas, em parte para obter apoio em instituições internacionais onde Israel é frequentemente criticado por sua ocupação dos territórios palestinos.
Em 2016, ele fez a primeira visita de um chefe de governo israelense à Etiópia, sede da União Africana.
Daniel Benaim, ex-assessor do presidente dos EUA, Barack Obama, disse que Israel está tentando "negar ao Irã uma posição no lado africano do Mar Vermelho, do qual poderia transportar armas para Gaza e além". Por seu lado, "a Etiópia vê um potencial parceiro de segurança e fonte de investimento e inovação", acrescentou.
O segundo país mais populoso do continente, com cerca de 100 milhões de habitantes, a Etiópia possui a economia mais dinâmica da África Oriental e ainda é um dos países mais pobres do mundo.
Existem mais de 140.000 cidadãos israelenses de origem etíope, mais de 50.000 deles nascidos em Israel.
