EUA promovem novo tipo de unilateralismo extremista, adverte chanceler iraniano

© AP Photo / Petr David JosekMinistério das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif
Ministério das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif - Sputnik Brasil
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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, advertiu que a política unilateral adotada pelos EUA representa uma séria ameaça à política mundial e aos membros da comunidade internacional.

Quando questionado durante entrevista à agência de notícias estatal chinesa Xinhua se concordava com o chanceler chinês que o Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA) de 2015 é uma competição entre unilateralismo e multilateralismo, Zarif respondeu que Washington promove um novo tipo de "unilateralismo violento".

"Acreditamos que os Estados Unidos estão impulsionando um novo tipo de unilateralismo violento, um unilateralismo extremista, que destrói todas as bases da ordem global", disse o principal diplomata do Irã.

Zarif destacou que "a melhor contramedida" contra essas "tendências unilaterais perturbadoras dos Estados Unidos" é a adoção de uma abordagem multilateral, o que implica "diálogo e trabalho pelo bem comum e pelo destino comum".

De acordo com o diplomata iraniano, a atual administração do presidente norte-americano Donald Trump "acredita fortemente no uso de medidas coercivas", sendo este o motivo pelo qual o Irã e a China denominaram corretamente essas ações dos EUA de "terrorismo econômico".

O chanceler iraniano também comentou sobre a posição dos EUA em relação aos protestos de Hong Kong, criticando Washington por intervir nos assuntos internos chineses. Ele destacou que a saída para a agitação em Hong Kong está no diálogo e no entendimento mútuo, de acordo com a PressTV, citando uma entrevista da Xinhua.

Sanções e acordo nuclear

As autoridades iranianas têm consistentemente apontado que Teerã não busca a guerra, mas sim o desenvolvimento de uma cooperação mutuamente benéfica com todos os países.

Em 2018, os EUA se retiraram do JCPOA, também conhecido como o acordo nuclear iraniano, reinstituindo posteriormente as sanções contra Teerã que têm como alvo setores-chave do sistema econômico do país.

Reagindo à retirada unilateral dos EUA, Teerã anunciou que iria suspender parcialmente suas obrigações sob o acordo e abandonar seus compromissos nucleares a cada 60 dias até que os cinco signatários restantes do acordo (Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia) garantam a proteção dos interesses do Irã.

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