Monte do Templo será fechado para judeus no dia de Jerusalém pela 1ª vez em 30 anos

© AP Photo / Sebastian Scheiner / Acessar o banco de imagensMonte do Templo, na Cidade Velha de Jerusalém
Monte do Templo, na Cidade Velha de Jerusalém - Sputnik Brasil
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A colina, localizada no bairro da Velha Jerusalém, é considerada um local sagrado não apenas no judaísmo e no cristianismo, mas também no islamismo, criando uma base para potenciais tensões entre os moradores da cidade em feriados religiosos em meio a relações difíceis entre Israel e seus vizinhos árabes.

Israel decidiu fechar o Monte do Templo aos visitantes judeus no Dia de Jerusalém, com receio de que isso possa levar a tensões, já que neste ano a data coincide com os últimos dias de jejum religioso muçulmano — o Ramadã. Esta é a primeira vez nos últimos 30 anos que as autoridades fazem tal movimento. O local permanecerá fechado durante os últimos 10 dias do Ramadã.

"Todos os anos, o Monte do Templo está fechado para visitas durante os últimos dias do mês de Ramadã por razões de segurança pública e ordem pública", disse a polícia.

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Espera-se que o Monte do Templo seja fechado no Dia de Jerusalém pelos próximos dois anos se a prática persistir, já que em 2020 e 2021 o feriado coincidirá com os últimos dias do Ramadã.

A decisão de fechar o local sagrado em um dia comemorativo da unificação de Jerusalém como parte de Israel, após a captura da parte oriental da cidade durante a Guerra dos Seis Dias, provocou descontentamento entre vários grupos judaicos, informou o Haaretz. Os grupos "Alunos do Monte do Templo" e do "Fundo do Patrimônio do Monte do Templo" prometeram lutar pelo direito dos judeus de visitar o local sagrado sempre que quiserem.

O Monte do Templo é o local mais sagrado do judaísmo, mas também é de grande importância para os muçulmanos. Israel assegurou o controle do local junto com Jerusalém Oriental durante a Guerra dos Seis Dias em 1967. O Dia de Jerusalém, que é dedicado à vitória de Israel, costuma ver grandes paradas por toda a cidade, incluindo o bairro muçulmano; o segundo resulta em certas limitações impostas ao movimento de residentes árabes e ao fechamento de certas ruas no bairro durante o feriado.

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