Aproximadamente 300 documentos apreendidos no esconderijo de Osama bin Laden no Paquistão serviram de base para uma análise detalhada no estudo, publicado no sábado (8).
O debate sobre a suposta relação entre o Irã e a Al-Qaeda surgiu nos finais de 2001, quando alguns membros deste grupo terrorista fugiram do Irã após o derrube por Washington do governo Talibã no Afeganistão, que os apoiava.
No entanto, os arquivos de bin Laden mostram que o Irã estava desconfortável com a presença de combatentes em seu território, explica Nelly Lahoud, autora do estudo e especialista em Al-Qaeda.A princípio, Teerã tentou enviar o maior número possível de combatentes para países terceiros, e posteriormente, deteve membros da Al-Qaeda, inclusive familiares de bin Laden, segundo a pesquisadora.
Logo após a invasão do Iraque pelos EUA em 2003, as políticas do Irã endureceram ainda mais, proibindo até mesmo que os detidos da Al-Qaeda deixassem o país.
Além disso, o grupo terrorista também via Teerã com profunda desconfiança, e o considerou como "uma entidade hostil". Essa "hostilidade" era patente nos documentos revisados para o estudo em questão, relataram os especialistas.
Um dos argumentos que Trump e os membros de seu governo têm procurado para justificar uma política mais dura em relação à República Islâmica é o suposto apoio iraniano a grupos terroristas como a Al-Qaeda. Ademais, Trump também acusou Teerã de apoiar grupos terroristas ao anunciar a retirada dos EUA do acordo nuclear iraniano em maio.
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