Teerã: saída de empresas da UE do Irã contradiz acordo nuclear

© AP Photo / Petr David JosekMinistério das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif
Ministério das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif - Sputnik Brasil
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O ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, afirmou que o apoio político da Europa ao JCPOA não era suficiente.

"Com a retirada da América, as expectativas públicas no Irã para com a União Européia aumentaram, no sentido de manter os ganhos do acordo. No atual contexto, o apoio político europeu ao acordo não é suficiente", disse Mohammad Javad Zarif ao comissário europeu da Energia, Miguel Arias Cañete, em Teerã, segundo IRNA.

O ministro destacou a falta de consistência entre o apoio expresso ao acordo pela UE e a possível saída de empresas europeias do país muçulmano.

"O anúncio de que, possivelmente, as principais empresas europeias cessariam a sua cooperação com o Irã não é consistente com o compromisso da União Européia em implementar [o acordo nuclear]", afirmou Zarif.

Dias antes das negociações com seus colegas europeus em Bruxelas, o chefe da diplomacia iraniana afirmou que, em função da retirada dos Estados Unidos do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), também conhecido como acordo nuclear com o Irã, o país muçulmano quer garantias de benefícios econômicos por manter compromisso com o documento.

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Essa posição tem sido reiterada por funcionários do governo iraniano. Teerã insiste na preservação do que foi estipulado pelo acordo assinado, bem como na garantia de todos os benefícios econômicos no âmbito do JCPOA.

O presidente dos EUA, Donald Trump anunciou a decisão de deixar o acordo, ao alegar "falhas" no documento, que devem ser corrigidas. Após a decisão de Trump, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro aplicou sanções contra nove indivíduos e entidades iranianas relacionadas à Guarda Revolucionária do Irã.

A medida foi fortemente criticada por outros signatários do acordo: Moscou, Londres, Pequim, Paris, Berlim e Bruxelas, que confirmaram seu compromisso com o documento.

Mais cedo esta semana, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou que o bloco estava planejando aplicar uma lei de 1996 que proibirá o cumprimento por empresas europeias de qualquer sanção norte-americana contra Teerã.

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