Erdogan: situação de Jerusalém é 'linha vermelha' para mundo muçulmano

© REUTERS / Osman OrsalRecep Tayyip Erdogan, presidente de Turquia (foto de arquivo)
Recep Tayyip Erdogan, presidente de Turquia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
Nos siga no
O status de Jerusalém é uma "linha vermelha" para o mundo muçulmano, disse o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ao encerrar uma reunião extraordinária da Organização para a Cooperação Islâmica em Istambul nesta de sexta-feira (18).

"Hoje realizamos uma reunião muito importante do ponto de vista do apoio aos palestinos e do sinal enviado a Israel, destacamos em nossa decisão conjunta que Jerusalém é nossa 'linha vermelha", manifestou Erdogan em uma entrevista coletiva transmitida pela emissora turca NTV.

Presidente turco Recep Tayyip Erdogan discursa na cerimônia de entrega de prêmios em Ancara, Turquia, 3 de novembro de 2016 - Sputnik Brasil
Erdogan: 'O que Israel fez foi brutalidade, atrocidade e terror de Estado'
O líder reiterou que os muçulmanos não reconhecem a decisão dos EUA sobre a transferência de sua embaixada para aquela cidade e consideram que a política levada a cabo por Washington apenas contribui para incitar ainda mais Israel.

"As autoridades dos EUA castigaram os palestinos, enquanto Israel, ao violar a lei internacional, foi recompensado", frisou o presidente turco.

Além disso, comparou o mandato do atual presidente dos EUA, Donald Trump, com o do ex-presidente George W. Bush, que "também era republicano, mas apoiava tanto Israel como a Palestina".

Erdogan apontou para a necessidade da criar um comitê internacional para investigar os crimes de Israel cometidos na Faixa de Gaza.

"Israel deve responder por seus crimes, pedimos a todos os países que reconheçam oficialmente Jerusalém Oriental como a capital palestina", acrescentou.

Na segunda-feira (14), as Forças Armadas de Israel lançaram uma ofensiva militar contra a população palestina que estava protestando contra o 70º aniversário da criação do Estado de Israel e a abertura da embaixada americana em Jerusalém.

Presidente da Turquia Tayyip Erdogan. 16 de março, 2016 - Sputnik Brasil
Netanyahu tem 'sangue palestino nas mãos' e conduz 'Estado do apartheid', diz Erdogan
Os confrontos resultaram em 61 palestinos mortos e mais de 2.700 feridos, segundo relatam as fontes médicas palestinas.

O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto nacional pelos manifestantes mortos. Nesse mesmo dia, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, rotulou Israel como um "Estado terrorista" e suas ações em relação aos palestinos, de "genocídio".

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала