Embaixador palestino no Uruguai: transferência de embaixadas para Jerusalém é 'ilegal'

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A decisão tomada por vários países latino-americanos de transferir suas embaixadas em Israel da cidade de Tel Aviv para Jerusalém é ilegal e viola o direito internacional, disse à Sputnik Mundo Walid Abdel-Rahim, embaixador palestino no Uruguai.

"Há uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que solicita aos países não abrir suas embaixadas em Jerusalém, porque, segundo a lei internacional, é uma zona ocupada. Portanto, é ilegal um país transferir sua embaixada para Jerusalém. Não podemos entender como um presidente ou um país podem fazer isso violando o direito nacional", sublinhou o diplomata.

Ele também pediu a todos os países para que, ao invés de transferir embaixadas, "apoiem a paz e a justiça para que tanto palestinos como israelenses possam viver em paz".

Abdel-Rahim fez essas declarações depois que, no último dia 27 de abril, o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, expressou seu desejo de transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.

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Previamente, Guatemala e Honduras também seguiram o exemplo dos EUA.

O Departamento de Estado dos EUA anunciou em março que abrirá sua nova embaixada em Jerusalém no dia 14 de maio para coincidir com o 70º aniversário do Estado de Israel.

No começo de dezembro do ano passado, o presidente Donald Trump anunciou a decisão de transferir a embaixada e reconhecer Jerusalém como a capital do Estado judeu, que foi fundado em 1948.

Dias depois do anúncio de Trump, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou por ampla maioria uma resolução que declarou nula a decisão dos EUA e instou todos os países a se absterem de estabelecer missões diplomáticas naquela cidade disputada.

Abdel-Rahim considerou "lamentável a decisão do Sr. Trump porque também viola o direito internacional e as resoluções do Conselho de Segurança da ONU".

"Jerusalém é a capital do Estado palestino, é um território ocupado, assim como a Cisjordânia e Gaza", acrescentou.

A decisão de Trump foi condenada pela maioria dos países muçulmanos, onde se realizaram manifestações de protesto e gerou críticas de outros países e instituições internacionais preocupadas com as perspectivas de paz no Oriente Médio.

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