Bebê afegão batizado com nome de Donald Trump 'arruína' vida de seus pais

© AFP 2023 / Louisa GouliamakiRefugiada síria segurando bebê de dois meses como refugiados e migrantes que partiram do campo de detenção de Chios, e acamparam no porto da cidade, organizando um protesto com seus filhos cantando 'No Turkey', em 3 de abril de 2016
Refugiada síria segurando bebê de dois meses como refugiados e migrantes que partiram do campo de detenção de Chios, e acamparam no porto da cidade, organizando um protesto com seus filhos cantando 'No Turkey', em 3 de abril de 2016 - Sputnik Brasil
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Não só o nascimento de uma criança pode mudar a vida de seus pais, mas o nome escolhido para seu filho. Donald Trump, que agora tem 18 meses de idade, é o terceiro filho dos afegãos Jamila e Sayed Assadullah.

Trata-se de um bom exemplo de como a escolha de um simples nome pode afetar os acontecimentos futuros da vida da criança e até mesmo dos familiares.

Por causa deste infortúnio, a família teve que deixar sua província de origem e se estabelecer em Cabul para evitar problemas, mas continuam sendo ameaçados de interrogatórios pelos serviços especiais.

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O bebê nasceu em setembro de 2016, quando o então magnata septuagenário e candidato republicano, Donald Trump, estava no final de sua campanha presidencial. Em entrevista, o pai revelou que havia lido alguns textos do americano e estava acompanhando situação pela televisão, quando lhe surgiu a ideia de dar esse nome ao recém-nascido.

Sayed esperava que a sorte do empresário e estrela de televisão "passasse" a seu filho. Mas o efeito, infelizmente, foi exatamente contrário ao esperado, admitiu o pai.

'Sem cultura'

Primeiramente, a decisão de lhe dar um nome não muçulmano indignou os mais próximos dele em sua aldeia, localizada na província do Daikondi, na região central do Afeganistão. "Quando eu nomeei meu filho de Donald Trump, eles não ficaram felizes", lembrou. Perguntaram-lhe: "Como você pode escolher o nome de um infiel para seu filho?"

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Como resultado, a jovem família teve que se mudar para Cabul, a capital nacional, e alugar uma casa na região.

No entanto, quando Sayed foi ao escritório do governo responsável para verificar os documentos emitidos em outras províncias, ele foi "tratado sem respeito" e ameaçado de ser enviado à agência de inteligência afegã para interrogatório. Para completar, eles o chamaram de "sem cultura" pelo fato de dar esse nome ao filho.

Diante das críticas de que os pais queriam atrair a atenção da sociedade, nomeando a criança de forma tão controversa, Sayed disse que não pretendia que a identidade do bebê se tornasse pública.

Outro caso semelhante, porém com final feliz, foi o do bebê sírio que recebeu o nome do atual presidente da Rússia, Vladimir Putin. A família, que mora na Síria em uma cidade perto de Damasco, disse que a escolha do nome foi uma forma de agradecimento pela ajuda de amigos russos durante a guerra civil que o país enfrenta.

Enquanto que na região da cidade russa de Vladimir, uma jovem família alterou o nome do seu filho de dois anos, Rasul, para Putin Dzhuraev, em honra do líder russo, dizendo que a criança terá um futuro brilhante, até podendo se tornar presidente ou um grande político.

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