Dezenas de iranianas são presas por tirar 'véu islâmico' em público

© SputnikToday in the streets of Tehran and other large Iranian cities (Isfaghan, Shiraz, Tebriz) often women are seen wearing two types of hijabs: Chador (left) and Manto (loose colorful body cover) with Rosari (light headscarf with colorful flowers). First option is more conservative, second is modern and popular with the younger generation.
Today in the streets of Tehran and other large Iranian cities (Isfaghan, Shiraz, Tebriz) often women are seen wearing two types of hijabs: Chador (left) and Manto (loose colorful body cover) with Rosari (light headscarf with colorful flowers). First option is more conservative, second is modern and popular with the younger generation. - Sputnik Brasil
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O procurador-chefe do Irã, Mohammad Jafar Montazeri, classificou os protestos de 29 mulheres em Teerã contra as normas de moralidade pública como "infantil" e "emocionalmente carregado". Ele ressaltou que as manifestantes provavelmente foram incitadas por estrangeiros.

O uso de lenços (ou hijab) em público é obrigatório para as mulheres na República Islâmica do Irã. As mulheres que participaram da manifestação sem a vestimenta foram acusadas de delitos de ordem pública e indiciadas criminalmente pelo  Ministério Público. De acordo com o Al-Araby, as mulheres que mostram seus cabelos em público podem ser presas por até dois meses ou multadas em US$ 25.

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A declaração de Montazeri, porém, não é de todo absurda. Em maio de 2017, a jornalista e ativista com residência nos EUA, Masih Alinejad iniciou uma campanha denominada "Maravilhas brancas", encorajando as mulheres a vestir lenços brancos ou abandonar o uso destes em público por completo para protestar contra as normas civis iranianas.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, autoridades iranianas acusaram Alinejad, que trabalha para a organização de mídia financiada pelo governo dos EUA, a rádio Voz da América, de receber dinheiro de governos estrangeiros para custear a campanha.

As mulheres indiciadas hoje subiram em cabines telefônicas e usaram os lenços como bandeiras, amarrados em bastões. É um movimento semelhante ao que aconteceu em dezembro de 2017, quando uma mulher de 31 anos identificada como Vida Movahed, supostamente inspirada pela campanha de Alinejad, tirou seu hijab e amarrou-o a um bastão no meio de uma rua em Teerã.

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Segundo o jornal Times de Israel, a polícia de Teerã deteve Movahed e ela teria se abstido de novos protestos depois de passar um mês na prisão. Os Estados Unidos condenaram as denúncias em um comunicado enviado à imprensa nesta sexta-feira.

"Condenamos as detenções relatadas de pelo menos 29 indivíduos pelo exercício de seus direitos humanos e liberdades fundamentais ao enfrentar o hijab compulsório", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert.

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