Os protestos que ganharam as ruas contra problemas econômicos do país em dezembro do ano passado, se espalharam por mais de 80 cidades e resultaram em 25 mortes.
De início, os protestos deram vazão à insatisfação contra preços altos e suposta corrupção, mas tomaram uma dimensão política pouco vista no país nas últimas décadas, alcançando um número maior de pessoas que pediam a queda do líder supremo do país, Aiatolá Ali Khamenei.
Segundo a Reuters, algumas pessoas morreram sob custódia, fato que fez com que agências de direitos humanos procurassem por uma investigação independente acerca desses casos.
O vice-presidente do parlamento iraniano, Ali Motahari, disse a uma agência estatal de notícias no domingo (14) que relatórios a que teve acesso apontam que ao menos três das pessoas detidas teriam morrido na cadeia.
O judiciário, por outro lado, confirmou duas mortes, apontando que as pessoas teriam cometido suicídio.
"Mais de 400 pessoas que foram presas em Teerã durante os protestos foram soltas", disse à agência de notícias Mehr no domingo (14), o promotor de Teerã, Abbas Jafari Dolatabadi.
Os Estados Unidos impuseram sanções sobre 14 pessoas e entidades iranianas na sexta-feira (12) devido a abusos de direitos humanos, além de apoiarem o programa de armas do país. Entre os que sofreram sanções está o líder do judiciário no Irã, Aiatolá Sadeq Larijani.
Larijani é considerado próximo do líder supremo do Irã, Aiatolá, Ali Khamenei. Sadeq Larijani teria dito à agência de notícias estatal iraniana, ISNA, nesta segunda-feira (15), que a imposição de sanções sobre ele como líder do judiciário, seria um abuso, e ainda afirmou que o Irã não ficaria em silêncio diante de tal atitude.
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