Igreja Ortodoxa Russa: Jerusalém deve continuar sendo centro espiritual de três religiões

© AP Photo / Ariel SchalitCúpula da Mesquita Al-Aqsa na Cidade Velha, vista de uma porta em forma da Estrela de Davi, Jerusalém
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Jerusalém deve continuar sendo um centro espiritual de três religiões principais, afirmou no sábado o Departamento de Relações Exteriores da Igreja do Patriarcado de Moscou.

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O metropolita Hilarion de Volokolamsk, presidente do Departamento do Patriarcado de Moscou para Relações Externas da Igreja, disse no sábado que Jerusalém deve continuar a ser um centro espiritual de três grandes religiões — cristianismo, islamismo e judaísmo.

"Não devemos esquecer que Jerusalém é uma cidade santa para as três religiões do mundo: não só para o judaísmo, mas também para o cristianismo e o Islã. Hoje, em Jerusalém, cristãos, muçulmanos e judeus vivem juntos em paz, cada grupo [sectário] tem seus próprios lugares, imobilidade e sítios sagrados. E é muito importante que Jerusalém permaneça como tal centro espiritual e religioso, no qual representantes de três religiões monoteístas poderiam viver juntos em paz e concordar ", disse Hilarion à emissora Rossiya 24.

O clérigo também criticou a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, desde o ponto de vista de que o passo poderia desestabilizar significativamente a situação.

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No dia 6 de dezembro, Trump anunciou sua decisão de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e ordenou ao Departamento de Estado dos EUA que mudasse a embaixada de Tel Aviv. A decisão causou críticas de muitos países ao redor do mundo, em especial no Oriente Médio, provocando protestos em massa em vários países, inclusive no próprio Israel.

Israel conquistou a Jerusalém Oriental, controlada pela Jordânia, durante a Guerra dos Seis Dias de 1967. Em 1980, o Parlamento israelense aprovou a Lei de Jerusalém proclamando a capital em toda a cidade. A comunidade internacional não reconhece a anexação e acredita que o status de Jerusalém deve ser acordado com os palestinos, que reivindicam sua parte oriental como a capital do seu futuro estado.

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