'É inveja política': como Washington atribui a si próprio a vitória sobre o Daesh

© AFP 2023 / THOMAS COEXMilitares dos EUA em Mossul, Iraque, 23 de novembro de 2016
Militares dos EUA em Mossul, Iraque, 23 de novembro de 2016 - Sputnik Brasil
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As declarações do presidente estadunidense, Donald Trump, sobre a vitória de Washington sobre o Daesh, organização terrorista proibida na Rússia, nos territórios sírio e iraquiano não passam de "inveja política", acredita Igor Korotchenko, especialista russo em assuntos militares.

Mais cedo, Trump afirmou que seu país conseguiu a vitória sobre o agrupamento terrorista Daesh na Síria e no Iraque e continua perseguindo os militantes em outras regiões.

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"A tentativa americana de atribuir a si próprio a vitória sobre o Daesh é um indício de comportamento indecente, para não dizer mais. No que se trata da Síria, Washington tem impedido a derrota do Daesh e de outras organizações terroristas de várias maneiras, efetuando ataques contra as tropas governamentais de Bashar Assad e armando toda uma série de grupos de oposição que têm atuado contra Damasco", afirmou Korotchenko.

Para o analista, as afirmações de Trump são uma resposta direta à visita do presidente russo, Vladimir Putin, à base aérea de Hmeymim.

"Trump está demonstrando inveja política. Os EUA sentem sua incapacidade. Como eles próprios disseram, a maior potência militar no mundo, com maior orçamento militar, sofreu uma derrota tanto política quanto diplomática frente à Rússia, mais bem-sucedida e mais eficiente, que conseguiu uma vitória militar real sobre o terrorismo internacional. Os EUA sentem que estão perdendo o apoio e a influência no Oriente Médio, por isso começam essa bagunça", adiantou.

No que se trata do Iraque, aí, assegura Korotchenko, os EUA não obtiveram nenhuma vitória militar, mas continuam com ações militares. O especialista acredita que "em um momento crítico, quando se falava que os terroristas poderiam ganhar superioridade no Iraque, quando se falava do destino de Bagdá, foi a Rússia que ajudou a não permitir um desenvolvimento dos acontecimentos tão crítico através de entregas rápidas de armas", explicou o analista.

"Em geral, Washington entende que as posições da Rússia têm se reforçado extremamente, ela é respeitada e tida em conta na região do Oriente Médio, os EUA estão perdendo. É por isso que o presidente Trump faz estas declarações", resumiu Korotchenko.

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