EUA planejaram durante décadas guerra contra Pyongyang?

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O então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, estava convencido de que os militantes norte-americanos, juntamente com o exército sul-coreano garantiriam uma vitória em um possível conflito na península coreana. Não obstante, o chefe de Estado admitiu que o número de vítimas seria enorme.

Os documentos desclassificados revelam que os EUA planejaram a guerra contra a Coreia do Norte durante a crise nuclear de 1994. Washington admitia um ataque com mísseis contra uma instalação nuclear norte-coreana quando Pyongyang começou a transferir combustível de um reator que poderia fornecer material para bombas nucleares.

O então presidente da Coreia do Sul, Kim Dae-jung, compartilhava a opinião de seu homólogo norte-americano e também não duvidava da vitória sobre o vizinho do norte, mas se dava conta que tal provocaria muitas vítimas.

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Falando do possível número de norte-coreanos mortos durante a guerra, no livro "The Two Koreas" ("As duas Coreias", em inglês) de Don Oberdorfer são referidos 2,1 milhões, o que está em sintonia com as estimativas recentes do analista Michael Zagurek sobre um possível ataque nuclear norte-coreano contra Seul e Tóquio.

Além disso, os documentos desclassificados apontam que, em 1997, Washington estava preocupado com a possibilidade de que uma "Coreia do Norte com fome" pudesse tornar-se instável e desencadear uma "situação perigosamente caótica".

Desde então, a Coreia do Norte desenvolveu significativamente o seu programa nuclear e de mísseis, realizando um grande número de lançamentos de teste durante 2017, o que provocou um aumento sem precedentes das tensões entre Washington e Pyongyang.

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Em novembro, a Coreia do Norte realizou testes do novo míssil balístico intercontinental Hwasong-15, que pode atingir um alcance de mais de 13.000 quilômetros, o suficiente para atacar qualquer parte dos EUA. Pouco depois, os Estados Unidos e Coreia do Sul iniciaram manobras conjuntas.

O Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte adverte que "não se pergunta se vai haver uma guerra nuclear, mas sim quando será".

Com a tensão a um nível jamais visto, Moscou e Pequim propuseram o chamado plano de duplo congelamento, o que implica a cessação simultânea dos testes nucleares da Coreia do Norte e os exercícios conjuntos de Washington e Seul.

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