A Sputnik Internacional falou com o correspondente militar da PressTV, Ali Musawi, que faz reportagens a partir de Mossul e Arbil, para saber se estas declarações de Trump são verídicas.
"É bem engraçado como ele [Trump] tenta se apropriar dos méritos pela vitória [sobre o Daesh] tanto no Iraque, quanto na Síria", frisou o correspondente.
"Não tenho certeza de onde ele tenha ido buscar tudo isso quando se parabeniza pelas decisões tomadas pelo presidente anterior, Barack Obama. Ele [Trump] simplesmente continuou a linha estabelecida por Obama, mas de um jeito um pouco mais agressivo", opinou Musawi.
O correspondente está de acordo com a opinião que as guerras na Síria e no Iraque são conflitos diferentes, apesar de estarem relacionadas.
"As guerras, tanto no Iraque, como na Síria, eram definitivamente diferentes: quando os EUA atacavam um dos lados no Iraque, a mídia mainstream falava de ataque contra extremistas do Daesh e não contra civis, mas quando a mesma coisa era feita pelas tropas governamentais sírias tudo era diferente", conta.
Musawi revelou que, no local, apesar do que escreviam os jornais, as pessoas viam apenas a guerra contra os jihadistas em ambos os países. O papel dos EUA na criação do Daesh foi maior do que na sua derrota, afirma o jornalista. A aspiração dos EUA à eliminação da influência do Irã na região e os múltiplos erros cometidos pelo Pentágono levaram à criação do Daesh."Todos vimos que contra o Daesh combatiam milícias iraquianas, formadas na sua maioria por xiitas, aliados do Irã. Hoje em dia, os concorrentes dos EUA na região, como a Rússia, têm muita influência. Vimos também como foi crescendo a influência do Irã […] Mesmo que eles [EUA] não reconheçam que a vitória sobre o Daesh foi alcançada graças ao Hezbollah e Rússia, as pessoas aqui sabem disso", resumiu o interlocutor da Sputnik.
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