Em uma mensagem publicada em sua página na rede social mais popular da Rússia, a VKontakte (Em Contato), Kadyrov afirmou que o reconhecimento de Donald Trump de Jerusalém como a capital de Israel foi feito apesar da opinião da comunidade internacional e em violação das resoluções aprovadas pela Nações Unidas e outras organizações internacionais influentes. Ele acrescentou que a decisão privou os palestinos da última chance de obter um Estado autônomo.
"Em essência, esta é uma facada nas costas para aqueles que passaram as últimas décadas tentando desenvolver um algoritmo para um assentamento político e diplomático nesta região complicada", escreveu Kadyrov. Ele observou que o perigo do passo dos EUA foi especialmente evidente porque foi feito logo após o exército sírio, com o apoio da Força Aérea Russa, libertar o seu país do Daesh.
"Como entenderemos a política do presidente dos Estados Unidos? É simples — agora sanamos nossas últimas dúvidas sobre quem criou esta base terrorista no território do Iraque e da Síria para estabelecer sua 'nova ordem mundial'", escreveu ele.
"Posso afirmar com certeza que por isso, em suma, com uma breve decisão, Trump joga o Estado de Israel no abismo do confronto sangrento e ameaça uma Intifada nova, mais poderosa e organizada. O que significa uma guerra em grande escala", disse Kadyrov.
No início desta semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma declaração reconhecendo oficialmente Jerusalém como a capital de Israel e anunciou os planos para mudar a embaixada americana para lá, saindo de Tel Aviv. "Hoje, finalmente reconhecemos o óbvio: que Jerusalém é a capital de Israel. Isso não é nada mais ou menos que um reconhecimento da realidade ", disse Trump em um discurso dedicado ao evento.
Funcionários e políticos russos descreveram o movimento como extremamente perigoso e advertiu sobre o possível agravamento da crise no Oriente Médio. O ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse na quinta-feira que a decisão de Trump poderia destruir a própria idéia de uma coexistência pacífica dos Estados israelense e palestino.
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