De acordo com o relatório do comitê, obtido pela Associated Press, outras 312 pessoas foram feridas no atentado de Mogadíscio e 62 continuam desaparecidas.
Poucos ataques terroristas foram tão letais quanto o ocorrido no país africano desde o 11 de setembro de 2001, de acordo com o Banco Mundial de Terrorismo da Universidade de Maryland.
O ataque causou uma grande comoção no país e os somalis passaram a chamá-lo de "nosso 11 de setembro". Houve um grande fluxo de doadores de sangue e os familiares das vítimas procuraram por sobreviventes nos escombros das explosões durante dias.
A população local também organizou um protesto de dezenas de milhares de pessoas contra o atentando terrorista.
O grupo terrorista Al-Shabab tem recuado nos últimos anos, mas ainda controla grandes partes do sul e do centro da Somália e realiza ataques em locais urbanos como a capital Mogadíscio. Funcionários da inteligência somali disseram que a enorme bomba do caminhão na verdade tinha como objetivo atingir o aeroporto local — onde vários países têm embaixadas. Mas o local é fortemente protegido e a explosão foi realizada em uma rua lotada após soldados perceberem a ameaça e dispararem contra o veículo.
O Al-Shabaab é o grupo terrorista mais mortal da África e foi alvo neste ano de quase 30 ataques de drones dos Estados Unidos depois do governo de Donald Trump aprovar a ampliação das atividades no país. Mais de 500 militares estadunidenses estão na Somália.