'Possuímos todo o necessário': Síria planeja construir ferrovia até China

© AP Photo / Muhammed MuheisenMigrantes sírios andando nos trilhos com crianças nas costas
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O ministro de Transporte sírio, Ali Hamud, em entrevista à Sputnik Árabe, disse que as destruições da rede de transporte da Síria são avaliadas em mais de 4,5 bilhões de dólares (mais de 13 bilhões de reais).

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Regiões há pouco libertadas não são levadas em consideração nas estatísticas. Os pontos de ligação importantes foram destruídos de propósito. Por exemplo, foi registrada a destruição de 50 estradas e 17 ferrovias. Quase todas as pontes sobre o Eufrates foram destruídas.

"Em geral, foram destruídas 50% das estradas entre as cidades, ou seja, 4.095 quilômetros. Quanto às ferrovias, dos 2.400 quilômetros existentes foram destruídos 75%", disse o ministro na entrevista à Sputnik Árabe. Segundo ele, as brigadas de construção se tornaram companheiras eternas do exército sírio. Assim que uma área é liberta dos terroristas, construtores logo começam a restaurar a infraestrutura e prédios destruídos para regresso da população o mais rápido possível.

"Planejamos restaurar mais rapidamente o que foi danificado. Possuímos todo o necessário, ou seja, materiais, especialistas e instrumentos para reformar as regiões assim que libertas. Por exemplo, quando os militares libertaram o leste de Aleppo dos terroristas, tivemos que reconstruir a ferrovia de 18 quilômetros. Durante os trabalhos, na ferrovia foram descobertas e neutralizadas 130 bombas. Foram destruídos completamente seis quilômetros de estrada. Mas conseguimos restaurar tudo em um período de 20 dias. A estrada era usada para transporte civil. Está funcionando até agora."

Quando libertaram as regiões orientais sírias, surgiu a tarefa de restaurar 186 quilômetros de estrada às minas de fosfato de Aleppo. Parecia ser impossível cumpri a tarefa em seis meses. "Mas elas voltaram a funcionar em 70 dias. O segredo é que preparamos tudo com antecedência, e no local somente fazemos a montagem das partes já prontas da estrada, economizando, assim, muito tempo."

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Quanto aos projetos de transporte futuros, o ministro falou sobre a importância de reformar as linhas que ligam o interior do país a províncias. Em segundo plano entra a construção da ferrovia para o Iraque, Irã e Jordânia e, talvez, para a China e para a Turquia.

Há planos também de alargar as linhas aéreas e os portos marítimos em Tartus e Lataquia. Contudo, a Síria ainda tem que superar muitas dificuldades, por exemplo, por causa das sanções ocidentais. O país não pode reparar seus aviões devido à impossibilidade de comprar peças necessárias para os veículos aéreos, disse Ali Hamud.

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