Falando desde Riad, capital da Arábia Saudita, Hariri fez um pronunciamento afirmando que deixaria o cargo por temer por sua vida e fez críticas ao Irã e ao Hezbollah por uma suposta tentativa de desestabilizar a região. Sua renúncia, entretanto, não foi aceita pelo presidente do Líbano, Michel Aoun, que acusou a Arábia Saudita de prender Hariri.
A França, então, passou a intermediar o impasse. O chancelaria francesa visitou a Arábia Saudita e o presidente Emmanuel Macron convidou Hariri para Paris."Como vocês sabem, renunciei, e vamos discutir isso no Líbano", afirmou o premiê libanês em solo francês. Hariri disse que falará com Aoun em Beirute sobre seu futuro político.
O Governo francês disse que "está ajudando a aliviar a tensão na região" e não deu mais detalhes se o premiê falou sobre sua renúncia.
Macron discutiu a crise política no Líbano por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) António Guterres.
A tensão no Oriente Médio preocupa a Europa. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Sigmar Gabriel, afirmou que "conflitos sangrentos" podem surgir em decorrência da instabilidade no Líbano.
A atual divisão de poderes acertada com o fim da Guerra Civil do Líbano (1975-1990) determina que o presidente precisa ser cristão, o primeiro-ministro sunita e presidente do parlamento um xiita.
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